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RJ pede R$8 mi por mês ao governo para enfrentar violência

Os recursos seriam utilizados pelo estado para voltar a "comprar" as folgas dos policiais, o que não acontece desde o ano passado

Segurança Pública: a situação de insegurança no Rio e o pedido de ajuda financeira foram tratados durante visita do secretário nacional de Segurança Pública ao Centro Integrado de Comando e Controle (Ricardo Moraes/Reuters)

Segurança Pública: a situação de insegurança no Rio e o pedido de ajuda financeira foram tratados durante visita do secretário nacional de Segurança Pública ao Centro Integrado de Comando e Controle (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de maio de 2017 às 20h31.

Última atualização em 4 de maio de 2017 às 20h32.

Rio de Janeiro - O Rio de Janeiro apresentou nesta quinta-feira ao governo federal um pedido de ajuda financeira mensal de 8 milhões de reais para reforçar o efetivo policial no Estado, afirmou o secretário estadual de Segurança Pública, Roberto Sá, em meio ao aumento da violência.

A situação de insegurança no Rio e o pedido de ajuda financeira foram tratados durante visita do secretário nacional de Segurança Pública, general Carlos Alberto Santos Cruz, ao Centro Integrado de Comando e Controle da capital fluminense.

"O Rio passa por uma crise fiscal e com 8 milhões de reais por mês eu conseguiria colocar 1.300 homens por mês em 17 áreas integradas, melhorando o policiamento de batalhões e delegacias... conseguiria resgatar um policiamento mais eficiente", disse o secretário fluminense a jornalistas após o encontro com o general.

Os recursos federais seriam usados pelo governo estadual para voltar a "comprar" as folgas dos policiais, o que não acontece desde o ano passado por causa da grave crise financeira pela qual passa o Rio de Janeiro.

O general Carlos Alberto Cruz não deu uma resposta firme sobre a demanda apresentada pelo governo do Rio. "A liberação de recursos é um processo burocrático", disse.

Questionado se haveria uma limitação fiscal do governo federal para conceder o apoio financeiro ao Estado, o general afirmou que o repasse é "uma questão técnica que tem que passar pelo Ministério do Planejamento".

Depois de receber críticas pelo anúncio desta semana do envio de apenas 100 homens da Força Nacional de Segurança ao Estado para ajudar no combate à violência, o secretário nacional revisou as projeções e afirmou que há uma disponibilidade no momento de até 350 homens que podem ser deslocados ao Estado.

"Hoje posso chegar com um mínimo de planejamento de 300 a 350 homens. Tenho a disponibilidade para esse efetivo e agora vai depender do planejamento com a Secretaria de Segurança do Estado", afirmou. "Pode ter certeza que o efetivo vai ser mais que 100 agentes", acrescentou.

Desde o ano passado integrantes da Força Nacional de Segurança estão no Rio de Janeiro e, atualmente, há 125 agentes da tropa federal atuando na proteção da Assembleia Legislativa do Estado e do Palácio Guanabara, sede do governo estadual.

O encontro entre as autoridades de segurança do Rio e do governo federal aconteceu depois de ataques ordenados por traficantes, segundo autoridades do Rio, na Baixada Fluminense, em que foram queimados nove ônibus e dois caminhões, na terça-feira.

No mesmo dia, dois suspeitos morreram em confronto com a polícia e 45 pessoas foram presas e 32 fuzis, apreendidos.

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