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RJ avalia eventual prorrogação de medidas restritivas no Estado

Caso seja necessário, o governo pode renovar o decreto estadual que fechou praias e impôs restrições ao funcionamento de estabelecimentos empresariais

 (Fabio Teixeira/Anadolu Agency via/Getty Images)

(Fabio Teixeira/Anadolu Agency via/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de abril de 2021 às 12h34.

Última atualização em 5 de abril de 2021 às 20h22.

O governo do Estado do Rio de Janeiro ainda avalia a necessidade de uma eventual prorrogação do decreto com medidas restritivas para combate à disseminação da covid-19 a partir de segunda-feira, 5. Segundo a assessoria do governador em exercício do Rio, Claudio Castro (PSC), a comissão encarregada de avaliar a gestão da saúde tem se reunido diariamente para analisar as condições sanitárias. Caso seja necessário, o governo pode renovar o decreto estadual que fechou praias e impôs restrições ao funcionamento de estabelecimentos empresariais.

O prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (DEM), anunciou nesta sexta-feira, 2, a prorrogação das medidas restritivas em vigor no município do Rio de Janeiro até o fim da próxima quinta-feira, 8 de abril. A partir de zero hora de sexta-feira, as restrições podem ser relaxadas.

No entanto, as escolas estão liberadas para funcionar já nesta segunda-feira, 5. Paes ainda anunciou que está em negociações avançadas para a compra de oito milhões de doses da vacina russa Sputnik.

Segundo o prefeito, o contrato para a importação das vacinas já está em análise pelos órgãos de controle da Prefeitura, mas não revelou os valores envolvidos, sob alegação de um acordo de confidencialidade.

"Até que o contrato esteja assinado, não é permitido que a gente entre nesse detalhe", disse Paes, que relatou ainda se tratar por ora de um memorando de intenções, após duas semanas de negociações.

Na última quarta-feira, o prefeito Axel Grael (PDT), de Niterói, região metropolitana do Rio, assinou um contrato de importação de 800 mil doses da vacina russa Sputnik V, passando a integrar a negociação conduzida pelo Consórcio do Nordeste.

Assim como o Estado, o município do Rio de Janeiro endureceu medidas restritivas desde a última sexta-feira, 26 de março, quando foi decretado o recesso sanitário para conter a pandemia na cidade. O funcionamento de atividades não essenciais foi proibido, bares e restaurantes só podem abrir para entregas, sem consumo presencial. As praias foram fechadas ao lazer, permanecendo permitida apenas a prática de esportes individuais.

"Essas medidas restritivas começam a trazer resultado. Quem puder fica em casa, usa máscara", aconselhou Paes.

Segundo a Prefeitura, já houve redução no registro de entrada de pacientes com sintomas de síndrome gripal atendidos em unidades de saúde no município, o que mostra a eficácia das ações sanitárias, embora os números de internações e mortes ainda não permitam um afrouxamento imediato.

"Infelizmente, o número não nos dá garantia suficiente pra gente diminuir as restrições", disse Paes. "Meu desejo era avançar e abrir a cidade, não dá ainda. Vamos manter, segurar a onda mais um pouco", completou.

Eduardo Paes pediu aos moradores do Rio que não se reúnam com parentes e amigos no feriado de Páscoa, para evitar o risco de piora da disseminação de covid-19.

"Infelizmente, não teremos domingo de Páscoa como podem e devem ser domingos de Páscoa", lamentou Paes.

A rede municipal de ensino já receberá alunos presencialmente a partir de terça-feira, dia 6, priorizando crianças nos primeiros estágios de ensino, até 7 anos de idade.

Escolas privadas e públicas sob administração de outras esferas governamentais ficam liberadas para funcionamento a critério de seus gestores, seguindo protocolos para evitar a disseminação de covid-19.

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