Energia: de acordo com nota divulgada nesta quinta, o Comitê avalia que o Sistema Interligado Nacional continua dispondo de uma "sobra estrutural" de cerca de 9.359 megawatts médios para atender a carga prevista este ano (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2015 às 17h18.
Brasília - O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) informou nesta quinta, 8, que o risco de déficit de energia em 2015 na região Sudeste/Centro-Oeste continua em zero em outubro.
Depois de ter chegado ao recorde de 7,3% em fevereiro, essa é a segunda vez no ano que o risco para a região é zero em todos os cenários projetados pelo colegiado. O risco de falta de eletricidade para a região Nordeste também segue em zero.
De acordo com nota divulgada nesta quinta, o Comitê avalia que o Sistema Interligado Nacional continua dispondo de uma "sobra estrutural" de cerca de 9.359 megawatts médios para atender a carga prevista este ano.
Ou seja, a capacidade de produção do parque elétrico brasileiro hoje supera a demanda em quase 10 mil MW médios.
Essa análise incorpora dados de queda no consumo e a entrada em funcionamento de 4.133 MW este ano de novos empreendimentos de geração, sendo 248 MW desde a última reunião, em setembro.
Apesar do risco de faltar energia continuar em zero, o CMSE destacou que as chuvas em setembro ficaram abaixo da média histórica para o período nas regiões Nordeste (44%) e Norte (67%).
Na região Sudeste/Centro-Oeste, as chuvas foram equivalentes a 121% do esperado para o nono mês do ano. Na região Sul esse índice ficou em 114%.
Por isso, o CMSE avaliou que as condições de suprimento de energia ao Sistema Interligado Nacional melhoraram em relação a agosto.
Com a melhora nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas e a queda na consumo de energia, o CMSE determinou em agosto o desligamento de 21 usinas térmicas com potência somada de 2 mil megawatts médios.
Com a saída do sistema desses empreendimentos com custos de produção de eletricidade (CVU) superiores a R$ 600 por megawatt-hora, a economia estimada pelo governo até o fim do ano foi de R$ 5,5 bilhões.
Isso se refletiu em um desconto no preço da bandeira vermelha desde o mês passado. A mudança, aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), trouxe o preço da bandeira vermelha de R$ 5,50, para cada 100 quilowatts-hora consumidos, para R$ 4,50.