Brasil

Rio reforçará combate a Aedes aegypti antes de Olimpíadas

Todos os locais de competição e de grande aglomeração de público e seus arredores serão vistoriados pelos agentes da prefeitura

Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro (Marcin Leszczuk/Thinkstock)

Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro (Marcin Leszczuk/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2016 às 17h02.

Rio - A Secretaria Municipal de Saúde do Rio anunciou que vai intensificar, a partir de abril, os cuidados e ações de prevenção para evitar o avanço da zika e de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O objetivo é prevenir o avanço dessas moléstias durante os Jogos Olímpicos de 2016, que começam no dia 5 de agosto. O evento vai atrair para a cidade milhares de visitantes, do Brasil e do exterior.

No mês que antecede a abertura dos Jogos, todos os locais de competição e de grande aglomeração de público e seus arredores serão vistoriados pelos agentes da prefeitura. Reservatórios de água remanescentes de obras serão eliminados ou, quando isso não for possível, tratados para impedir o desenvolvimento de larvas do mosquito. Inseticidas também deverão ser usados no trabalho de limpeza e prevenção.

"Apesar de (agosto) ser uma época com menos incidência do mosquito, a prefeitura vai intensificar as inspeções", afirma a Secretaria de Saúde em nota.

Atualmente, mais de três mil agentes atuam em visitas a possíveis focos de desenvolvimento do mosquito, que é transmissor da dengue, da zika e da chikungunya. A transmissão acontece durante todo o ano, mas ocorre com mais frequência durante o verão, quando o calor favorece a eclosão das larvas do inseto. Elas encontram o ambiente ideal para reprodução em repositórios de água parada.

"Todos os locais de obras de instalações olímpicas já recebem visitas ininterruptamente para controle de possíveis focos do mosquito e esse trabalho vai ser intensificado já a partir de abril", diz a prefeitura.

"Os funcionários do local serão orientados para, ao longo dos dias de competição, estarem atentos para identificarem e eliminares depósitos. Um copo plástico jogado e esquecido num jardim, por exemplo, pode acumular água e virar um potencial criadouro do mosquito", afirma a Secretaria.

O órgão, no entanto, não detalhou se haverá aumento no número de agentes durante a operação intensificada de combate ao mosquito. Apenas informou que todas as instalações olímpicas terão pelo menos um encarregado de vigilância ambiental de saúde credenciado e fixo. Nos locais maiores, pode haver até três agentes fixos.

"Eles atuarão diariamente na busca, eliminação ou tratamento de depósitos que possam se tornar potenciais focos do mosquito", explica a Secretaria. Equipes de vigilância ambiental em saúde trabalharão nos arredores para controlar a presença do mosquito em toda a região.

Recentemente, o vírus zika foi apontado como um dos causadores de microcefalia em bebês, após mulheres grávidas terem contraído a doença. Outros distúrbios têm sido atribuídos à infecção pelo zika - como a síndrome rara de Guillain-Barré, que afeta o sistema nervoso.

Diante da gravidade e do número de casos no Brasil, autoridades internacionais têm recomendado maiores cuidados a turistas que vêm ao País. O governo dos Estados Unidos chegou a recomendar que mulheres grávidas evitem viagens ao Brasil neste momento.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEsportesMetrópoles globaisOlimpíadasRio de JaneiroSaúde

Mais de Brasil

Chuva causou três mortes no estado SP

PGR pede que investigações sobre supostas vendas de sentenças fiquem concentradas no STF

Como assistir ao debate da Globo em SP ao vivo e online? Veja horário e quem vai participar

Fernandes tem 49,5% e Leitão, 43%, no segundo turno em Fortaleza, diz Futura