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Rio torna obrigatório notificar grávidas com sintoma de zika

A medida foi tomada depois que o Ministério da Saúde reconheceu surto de microcefalia em bebês do Nordeste


	Aedes aegypti: a resolução leva em conta, ainda, que em alguns casos de microcefalia relatados no Nordeste, as grávidas apresentaram manchas vermelhas
 (Arquivo/Agência Brasil)

Aedes aegypti: a resolução leva em conta, ainda, que em alguns casos de microcefalia relatados no Nordeste, as grávidas apresentaram manchas vermelhas (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2015 às 13h07.

Rio - A Secretaria de Estado de Saúde do Rio tornou obrigatória a notificação de grávidas com manchas vermelhas na pele.

Os casos devem ser informados à SES em até 24 horas depois de a paciente ter procurado o atendimento médico.

A medida foi tomada depois que o Ministério da Saúde reconheceu surto de microcefalia em bebês do Nordeste.

Dois exames de fetos identificaram a presença do zika vírus, conforme revelou o jornal O Estado de S.Paulo, o que reforça a hipótese de a microcefalia ser consequência de infecção pelo zika.

De acordo com a resolução, a notificação deverá ser feita por telefone, e-mail e formulário online, e vale tanto para instituições públicas quanto particulares - desde postos de saúde, hospitais, consultórios médicos a secretarias municipais de saúde.

"A medida visa traçar o mapa epidemiológico do Estado para melhor analisar casos de zika vírus e eventual relação entre a doença e o nascimento de bebês com microcefalia e, assim, auxiliar em políticas públicas de vigilância para preveni-los", informou a secretaria, em nota divulgada nesta quarta-feira, 18.

A resolução leva em conta, ainda, que em alguns casos de microcefalia relatados no Nordeste, as grávidas apresentaram manchas vermelhas.

"Esse fato pode estar associado a diversas condições clínicas, incluindo doenças infecciosas. Portanto, a necessidade de estabelecer um protocolo de vigilância e adotar medidas de prevenção e controle".

A secretaria informa que prepara campanha de prevenção e combate a focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor do zika vírus, da dengue e também da chikungunya.

Até agora, o Ministério da Saúde registrou 399 casos de microcefalia. Pernambuco é o Estado com maior número de diagnóstico da má-formação, 268.

O bebê com microcefalia nasce com crânio menor que o tamanho normal. Isso pode ocorrer por fatores como desnutrição materna, uso de drogas e também por infecções adquiridas pela mãe durante a gravidez, como toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus.

A microcefalia pode provocar atraso no desenvolvimento neurológico, problemas de audição, visão, sequelas motoras.

Não é possível reverter a microcefalia, mas é possível melhorar o desenvolvimento e a qualidade de vida da criança, com fisioterapia, tratamento fonoaudiológico e terapia ocupacional.

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