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Rio terá menos policiais nas ruas neste carnaval

Sem recursos para pagar horas extras, atrasadas desde agosto de 2016, a corporação contará com 3 mil policiais militares a menos durante as festas

Rio: "estamos lidando com economia de esforços", confirmou o major, justificando a redução no efetivo (PMERJ/Divulgação)

Rio: "estamos lidando com economia de esforços", confirmou o major, justificando a redução no efetivo (PMERJ/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 16h47.

O esquema de segurança para o carnaval deste ano terá 3 mil policiais militares a menos, de acordo com a Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Sem recursos para pagar horas extras, atrasadas desde agosto de 2016, a corporação contará com 12 mil PMs durante os festejos, que vão até a próxima terça-feira (28), oficialmente.

Com a retirada das forças do Exército nesta semana, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis - Seção Rio de Janeiro (ABIH-RJ) reclamou da sensação de insegurança e enviou uma carta ao Ministério da Defesa, na quarta-feira (22).

Segundo o porta-voz da Polícia Militar, major Ivan Blaz, o número menor de agentes nas ruas reflete uma redução das festividades, também por causa da crise. Ele disse, no entanto, que o patrulhamento será mais eficiente.

"Nossa tropa tem sido empregada rotineiramente em grandes eventos, desde a Olimpíada, e isso desgastou muito. Teremos agora o carnaval, colocaremos nossos homens e mulheres nas ruas, garantiremos a segurança, mas não podemos saturar o estado do Rio porque nossa tropa está cansada física e mentalmente", disse.

Hoje, às vésperas da abertura oficial do carnaval, o governo do estado começou a pagar as horas extras atrasadas. Os policiais, no entanto, continuam sem receber o 13º salário, de 2016.

"Estamos lidando com economia de esforços", confirmou o major, justificando a redução no efetivo.

A corporação colocará homens e mulheres em áreas consideradas estratégicas, para conter principalmente furtos e roubos, que são as ocorrências mais frequentes.

Uma parte da operação será coordenada do Centro Integrado de Comando Móvel, baseado no sambódromo e que receberá imagens em tempo real das praias da zona sul e Barra da Tijuca, na zona oeste.

Nos arredores do sambódromo e do Terreirão do Samba, no centro, o policiamento será feito por cerca de 700 PMs, a pé, nos locais de concentração de foliões, incluindo nos blocos de rua.

Para evitar ser vítima de roubos e furtos durante a folia, a orientação do major é evitar a distração. "Se for atender o celular no meio da multidão, observe o entorno, tente procure um local estático, fique com as costas perto de uma parede, por exemplo, vá com mais alguém. No caso de dinheiro, não leve carteira, distribua o dinheiro por vários bolsos e leve apenas um documento, evite volumes", recomendou. "Crianças devem estar identificadas", lembrou.

Com a greve da Polícia Civil, os policiais militares também foram orientados a preencher o Boletim de Ocorrência da Polícia Militar (BOPM), no lugar do documento feito nas delegacias, no caso de crimes de menor potencial ofensivo.

O documento permite às vítimas acionar seguradoras, no caso de furto de veículos, ou solicitar novo chip, no caso de celulares roubados.

Durante o carnaval, a polícia também estará atenta a casos de violência contra a mulher e a exploração sexual de crianças e adolescentes.

Para fazer denúncias, a recomendação é ligar para o serviço gratuito Disque 100. A Guarda Municipal também atuará na defesa dos menores de idade. Ao todo, cerca de 7 mil guardas estarão nas ruas da capital fluminense.

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