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Rio terá dobro da capacidade hoteleira exigida em Olímpiadas

São aproximadamente 52 mil quartos de hotel, quase o dobro dos 27,8 mil exigidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI)


	Hotel Copacabana Palace: em 2009, quando o Rio foi confirmado como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, o COI advertiu que a cidade necessitaria construir pelo menos mais 10 mil quartos.
 (Fabio Pozzebom/ABr)

Hotel Copacabana Palace: em 2009, quando o Rio foi confirmado como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, o COI advertiu que a cidade necessitaria construir pelo menos mais 10 mil quartos. (Fabio Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2013 às 16h26.

Rio de Janeiro - A cidade do Rio de Janeiro poderá disponibilizar até 2016, ano em que será sede dos Jogos Olímpicos, aproximadamente 52 mil quartos de hotel, quase o dobro dos 27,8 mil exigidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), anunciou nesta terça-feira a Associação Brasileira de Indústria de Hotéis (ABIH).

"Atualmente, contamos com 32.436 quartos, e os hotéis em construção e em planejamento poderão oferecer outros 20 mil quartos até 2016", afirmou o presidente da ABIH para o Rio de Janeiro, Alfredo Lopes, em entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros.

Os novos 20 mil quartos serão fruto de um investimento de US$ 1 bilhão na construção de aproximadamente de 250 hotéis, em sua maioria de três e quatro estrelas, acrescentou Lopes.

Esses investimentos atenderão uma das maiores debilidades do Rio para organizar os Jogos Olímpicos, que era justamente a sua baixa oferta hoteleira.

Em 2009, quando o Rio foi confirmado como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, o COI advertiu que a cidade necessitaria construir pelo menos mais 10 mil quartos para garantir alojamento aos turistas que virão acompanhar o evento esportivo.

Durante sua candidatura, as autoridades do Rio afirmaram que, além dos novos hotéis que seria construído, também poderiam oferecer 8,5 mil quartos em cruzeiros que ancorariam no porto da cidade durante a competição e mais 1,7 mil em apartamentos particulares.

Neste aspecto, Lopes admitiu que, mais que os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo de 2014, o determinante para que as grandes cadeias hoteleiras mundiais optassem por investir no Rio foi a política de segurança implantada pelo Governo regional em 2007, que resultou na pacificação de várias comunidades na cidade.


"O setor hoteleiro passou muito tempo em decadência, mas tudo mudou quando o governo começou a investir em segurança, algo que afetava muito a imagem de Rio como destino turístico", afirmou o presidente da ABIH para a cidade.

Segundo Lopes, a ascensão do Brasil como uma das grandes economias emergentes, o surgimento de diferentes pólos econômicos na região e o rápido crescimento do turismo de negócios também atraíram investimentos hoteleiros.

"Após os mil quartos abertos em 2012, hoje estamos construindo 5 mil novas unidades, 6 mil estão em processo de desmobilização e começarão a ser construídas ainda neste ano e outras 5 mil estão em projeto de análise, além de 2,7 mil em projetos em consulta", afirmou.

As grandes cadeias também foram atraídas pelos incentivos oferecidos pela Prefeitura de Rio ao setor. Além de autorizar a construção de hotéis em ruas que antes era proibida, a Prefeitura também ofereceu isenções fiscais, o que reduziu os custos de construção.

O Rio atraiu 1,7 milhões de hóspedes em 2012, quando seus hotéis operaram com uma capacidade de 76,95%, um número pouco abaixo do registrado em 2011, 79,08%. Tanto para a Copa do Mundo como para os Jogos Olímpicos, os hotéis do Rio já têm 74% de seus quartos reservados.

"Esses quartos foram reservadas pelas agências ligadas a Fifa e ao COI, que vendem pacotes completos, ou seja, incluindo hotel e entradas aos estádios", relatou Lopes.

Segundo o dirigente da ABIH, as autoridades locais necessitam pensar em um calendário de eventos para os próximos anos a fim de evitar que a nova capacidade hoteleira da cidade fique ociosa.

"Ninguém constrói um hotel pensando somente nos Jogos Olímpicos, que é um evento passageiro. Necessitamos montar um calendário de eventos, com espetáculos e feiras, para oferecer pelo menos uma atração por mês e garantir a rentabilidade futura", concluiu. 

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