Rio de Janeiro atinge temperatura recorde e entra em alerta extremo (Laurence Griffiths/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 17 de fevereiro de 2025 às 19h11.
Última atualização em 17 de fevereiro de 2025 às 19h16.
A temperatura máxima desta segunda-feira no Rio de Janeiro foi de 44°C, em Guaratiba, na Zona Oeste, a mais alta já registrada pelo Sistema Alerta Rio desde 2014, quando começaram as medições. O número bateu o recorde anterior da série histórica do órgão de meteorologia da prefeitura do Rio, de 43,8°C, registrado em 18 de novembro de 2023.
Na terça-feira, o céu terá nebulosidade variada e não há previsão de chuva. As temperaturas seguem elevadas, podendo ultrapassar os 40°C. Os ventos estarão predominantemente moderados no período da tarde.
Na quarta e quinta-feira, o tempo permanece predominantemente nublado, ainda sem previsão de chuva. As temperaturas devem ter pequeno declínio, mas continuam altas. Já na sexta-feira, o céu estará claro a parcialmente nublado, sem expectativa de chuva e com temperaturas ainda elevadas.
A cidade alcançou, às 12h35 desta segunda-feira, o Nível de Calor 4 (NC4), o segundo mais alto do Protocolo de Enfrentamento ao Calor Extremo do município, cuja escala vai até o NC5. A marca é inédita desde a criação do protocolo, em junho de 2023.
O NC4 é atingido quando a cidade registra temperaturas entre 40°C e 44°C por pelo menos três dias consecutivos. Entre as medidas adotadas pela prefeitura estão:
Possibilidade de cancelamento ou reagendamento de eventos de médio e grande porte realizados em áreas externas.
Para minimizar os impactos do calor intenso, especialistas recomendam:
Acompanhar os níveis de calor por meio dos canais oficiais da prefeitura.Além disso, em casos de baixa umidade, o uso de soro fisiológico nos olhos e nariz pode ajudar a evitar o ressecamento.Em caso de tontura, mal-estar ou outros sintomas de estresse térmico, procure uma unidade de saúde.
Em novembro de 2023, durante três dias seguidos de temperaturas elevadíssimas, o Rio registrou um recorde de 151 mortes de idosos relacionadas ao calor. O período coincidiu com os shows da cantora americana Taylor Swift na cidade.
Uma pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde revelou a relação direta entre calor extremo e aumento da mortalidade, especialmente entre idosos com doenças como diabetes, hipertensão, insuficiência renal, Alzheimer e infecções urinárias.
O risco de morte pode dobrar em casos extremos de exposição ao calor intenso. As informações foram cruzadas com registros do Alerta Rio, Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica (Redemet).
Ao todo, a pesquisa analisou 390 mil óbitos relacionados a 17 causas recorrentes e constatou aumento significativo da incidência em 12 delas durante períodos de altas temperaturas.