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Rio registra 44 graus e bate recorde de temperatura máxima em mais de dez anos

É a mais alta registrada pelo Sistema Alerta Rio desde 2014

 Rio de Janeiro atinge temperatura recorde e entra em alerta extremo (Laurence Griffiths/Getty Images)

Rio de Janeiro atinge temperatura recorde e entra em alerta extremo (Laurence Griffiths/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 17 de fevereiro de 2025 às 19h11.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2025 às 19h16.

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A temperatura máxima desta segunda-feira no Rio de Janeiro foi de 44°C, em Guaratiba, na Zona Oeste, a mais alta já registrada pelo Sistema Alerta Rio desde 2014, quando começaram as medições. O número bateu o recorde anterior da série histórica do órgão de meteorologia da prefeitura do Rio, de 43,8°C, registrado em 18 de novembro de 2023.

Na terça-feira, o céu terá nebulosidade variada e não há previsão de chuva. As temperaturas seguem elevadas, podendo ultrapassar os 40°C. Os ventos estarão predominantemente moderados no período da tarde.

Na quarta e quinta-feira, o tempo permanece predominantemente nublado, ainda sem previsão de chuva. As temperaturas devem ter pequeno declínio, mas continuam altas. Já na sexta-feira, o céu estará claro a parcialmente nublado, sem expectativa de chuva e com temperaturas ainda elevadas.

Rio entra em Nível de Calor 4

A cidade alcançou, às 12h35 desta segunda-feira, o Nível de Calor 4 (NC4), o segundo mais alto do Protocolo de Enfrentamento ao Calor Extremo do município, cuja escala vai até o NC5. A marca é inédita desde a criação do protocolo, em junho de 2023.

O NC4 é atingido quando a cidade registra temperaturas entre 40°C e 44°C por pelo menos três dias consecutivos. Entre as medidas adotadas pela prefeitura estão:

  • Abertura de 58 pontos de resfriamento para a população;
  • Orientação para adaptação de rotinas que envolvem exposição prolongada ao calor;

Possibilidade de cancelamento ou reagendamento de eventos de médio e grande porte realizados em áreas externas.

Como se proteger do calor extremo

Para minimizar os impactos do calor intenso, especialistas recomendam:

  • Reforçar a hidratação, bebendo água e sucos naturais, mesmo sem sentir sede;
  • Evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h;
  • Usar roupas leves e frescas;
  • Manter ambientes ventilados e fechar janelas expostas ao sol nas horas mais quentes do dia;
  • Tomar banhos frios e usar compressas geladas para aliviar o calor;
  • Evitar álcool e cafeína, que favorecem a desidratação;
  • Usar protetor solar e proteger crianças com chapéu de abas largas;

Acompanhar os níveis de calor por meio dos canais oficiais da prefeitura.Além disso, em casos de baixa umidade, o uso de soro fisiológico nos olhos e nariz pode ajudar a evitar o ressecamento.Em caso de tontura, mal-estar ou outros sintomas de estresse térmico, procure uma unidade de saúde.

Calor extremo e risco à saúde

Em novembro de 2023, durante três dias seguidos de temperaturas elevadíssimas, o Rio registrou um recorde de 151 mortes de idosos relacionadas ao calor. O período coincidiu com os shows da cantora americana Taylor Swift na cidade.

Uma pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde revelou a relação direta entre calor extremo e aumento da mortalidade, especialmente entre idosos com doenças como diabetes, hipertensão, insuficiência renal, Alzheimer e infecções urinárias.

O risco de morte pode dobrar em casos extremos de exposição ao calor intenso. As informações foram cruzadas com registros do Alerta Rio, Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica (Redemet).

Ao todo, a pesquisa analisou 390 mil óbitos relacionados a 17 causas recorrentes e constatou aumento significativo da incidência em 12 delas durante períodos de altas temperaturas.

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