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Rio recomenda ampliar vacina contra febre amarela em 3 cidades

Cidades-alvo da recomendação registraram casos de macacos mortos com resultado positivo para a doença

Febre Amarela: secretaria de saúde do Rio destacou que não há uma epidemia de febre amarela na região e não há casos confirmados em humanos nessas áreas (Wilson Dias/Agência Brasil)

Febre Amarela: secretaria de saúde do Rio destacou que não há uma epidemia de febre amarela na região e não há casos confirmados em humanos nessas áreas (Wilson Dias/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 5 de janeiro de 2018 às 16h39.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio de Janeiro recomendou às prefeituras de três municípios que ampliem a vigilância sanitária e intensifiquem a vacinação contra a febre amarela.

São eles: Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Tanguá, na região metropolitana do Rio, e Miguel Pereira, na região centro-sul do estado.

Nessas três cidades foram registrados casos de macacos mortos com resultado positivo para a febre amarela.

De acordo com o órgão, nos três municípios há áreas de mata e, como são locais que recebem grande quantidade de turistas, os visitantes precisam tomar a vacina com no mínimo 10 dias antes da antecedência.

A secretaria lembra que os macacos não transmitem a febre amarela e também são vítimas da doença.

O vírus é transmitido apenas pela picada de mosquitos silvestres. Quem encontrar macacos mortos ou doentes deve informar às secretarias de saúde.

A secretaria informou que já colocou à disposição das cidades de Miguel Pereira e Tanguá doses suficientes para imunizar todo o público-alvo dessas regiões.

Para Nova Iguaçu haverá um reforço de 100 mil doses da vacina. A cidade vem fazendo a vacinação desde o início do ano passado e hoje (5) começou a funcionar na Praça de Tinguá um posto para vacinação que ficará aberto das 8h às 17h.

O objetivo é imunizar moradores e turistas que frequentam a Reserva Biológica de Tinguá, onde no fim de novembro foi encontrado um macaco morto, na divisa com o município de Duque de Caxias.

O animal foi encaminhado para análise na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que liberou o resultado um mês depois com atestado positivo para a doença.

Prevenção

Apesar das medidas preventivas, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe, destacou que não há uma epidemia de febre amarela na região e não há casos confirmados em humanos nessas áreas.

"Nós sabemos que, quando aparecem macacos com febre amarela em uma região, já existe evidência de evolução do vírus e casos em humanos podem começar a aparecer, o que não é o caso de Tinguá. Mesmo assim é importante que a vigilância e a vacinação na área sejam ampliadas e foi essa a orientação que passamos à prefeitura de Nova Iguaçu", disse.

A prefeitura de Nova Iguaçu informou que os postos de saúde das localidades de Rio d'Ouro, Jaceruba, Tinguá e Adrianópolis também abrirão aos sábados e domingos, das 8h às 17h.

Durante uma reunião ontem (4) com integrantes da prefeitura, a secretaria ofereceu apoio para que fosse intensificada a vacinação contra a febre amarela na região da reserva.

O município informou que tem estrutura suficiente para o reforço na vacinação e acrescentou que fará campanhas para alertar a população sobre o risco da doença em áreas de mata.

O secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr, ofereceu a instalação de um hospital de campanha no local, como já foi feito em outros municípios.

"Graças à nossa atuação preventiva, desde janeiro com a criação de áreas de vacinação de bloqueio, a febre amarela não entrou com tanta força no Rio de Janeiro como em outros estados. Já distribuímos mais de 5 milhões de doses da vacina para todo o estado", afirmou o secretário.

Desde o ano apssado, foram criados "cinturões de bloqueio" com recomendação da vacinação contra a febre amarela principalmente em municípios de divisa com Espírito Santo e Minas Gerais, que registraram casos da doença em humanos. Atualmente, todos os 92 municípios fluminenses estão incluídos na área de recomendação da imunzação.

Não devem tomar a vacina bebês com menos de 9 meses, pessoas com doença febril aguda, com comprometimento do estado geral de saúde, ou ainda pacientes com doenças que causam alterações no sistema imunológico.

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