Protesto contra Impeachment em São Paulo: a frente reúne cerca de 50 entidades sindicais e movimentos sociais em todo o país (Paulo Pinato/ Agência PT)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2015 às 17h24.
Um palco foi montado na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro, onde centenas de manifestantes já estão concentrados para o ato convocado pela Frente Brasil Popular contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
A frente reúne cerca de 50 entidades sindicais e movimentos sociais em todo o país.
De acordo com o presidente da CUT-RJ, Marcelo Rodrigues, o ato pede também a saída do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que, segundo ele, tem exercido abuso de poder no cargo.
"É um ato contra o golpe. O mote é 'não vai ter golpe'. Vamos fazer um ato mais amplo, mais leve, mais aberto para quem quiser falar. É lamentável que um processo como esse tenha ido parar no STF [Supremo Tribunal Federal] e a gente espera que o STF cumpra o seu papel, que é zelar pela Constituição brasileira”, disse.
Para a integrante da União dos Negros pela igualdade, Sônia Nascimento, um possível impeachment de Dilma seria uma ruptura no regime democrático.
"A gente acha que é um golpe porque não tem provado nada contra a nossa presidenta. Ela não foi julgada, não tem nada que desabone a conduta dela enquanto presidenta do país, por isso a gente vê a iminência de um golpe”, afirmou.
Para Sônia, o país precisa melhorar em vários setores, por exemplo, na saúde que é na educação.
“Mas não é por isso que a gente vai querer um golpe, a gente vai lutar pela democracia, para que o país melhore cada vez mais. A gente ficando passível pelo golpe, o país retrocede", acrescentou.
O ator Osmar Prado disse que está participando da manifestação como cidadão, representando a classe artística engajada na luta democrática.
"Nós estamos hoje aqui pelo Estado Democrático de Direito, para garantir a governabilidade do governo legitimamente eleito de Dilma Rousseff, para que não hajam casuísmos, golpes ou tentativas antidemocráticas de tomada de poder”.
Prado afirmou ainda que todos os governos fizeram manobras fiscais como as que Dilma está sendo acusada.
"Deixem Dilma governar e derrotem-na se o quiserem, democraticamente, em 2018, se o povo assim o permitir".