Poderão receber a segunda dose da vacina as meninas de 11 a 13 anos que tomaram a primeira dose, entre março e abril deste ano (Elza Fiúza/ABr)
Da Redação
Publicado em 1 de setembro de 2014 às 14h08.
Rio de Janeiro - A segunda fase da campanha de vacinação contra o papiloma vírus humano (HPV) foi iniciada hoje (1°) pela Secretaria Municipal de Saúde, em todas as unidades de Atenção Primária, clínicas da Família e centros municipais de Saúde, além de algumas escolas das redes pública municipal e particular do Rio.
A vacina é usada para prevenção do câncer de colo de útero e está disponível durante o ano inteiro nas unidades de Atenção Primária. Poderão receber a segunda dose da vacina as meninas de 11 a 13 anos que tomaram a primeira dose, entre março e abril deste ano.
De acordo com a coordenadora de imunizações da prefeitura, Nadja Greffe, a terceira dose vai completar a imunização. "Teremos a terceira dose porque o esquema para conferir proteção completa exige três doses, e está prevista para daqui a cinco anos", disse.
A cobertura da primeira etapa de aplicação da vacina no município do Rio de Janeiro, com quatro meses de duração, atingiu a totalidade da população-alvo, com mais de 135 mil meninas vacinadas. Para ter a imunidade completa, as adolescentes precisam tomar três doses, sendo a segunda com seis meses e a terceira, cinco anos após a primeira. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para meninas de 9 a 11 anos e, em 2016, às de 9 anos.
Segundo Greffe, a prevenção precoce contra o HPV é muito importante, pois a doença leva a um grande número de óbitos. "Estudos vêm demonstrando que, quanto mais cedo você vacina contra o HPV, melhor a resposta de proteção. Então, de uma maneira bem precoce, se protege pensando em uma mulher futuramente protegida contra o câncer de colo de útero”, explicou.
A vacinação precoce também é importante porque tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não tiveram nenhum contato com o vírus. A vacina protege contra quatro subtipos do HPV (6, 11, 16 e 18). Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero, enquanto os subtipos 6 e 11 respondem por 90% das verrugas anogenitais.
Segundo o Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial da Saúde, o câncer de colo de útero é o terceiro que mais atinge o sexo feminino, alcançando hoje 290 milhões de mulheres e matando anualmente 270 mil. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos da doença por ano e cerca de 4.800 óbitos.
A vacina não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido de mãe para filho no momento do parto.