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Rio Grande do Sul tem 1.380 casos notificados de leptospirose e quatro mortes confirmadas

Secretaria de Saúde do estado registrou 124 pessoas doentes; 714 casos estão sendo investigados

Agência o Globo
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Publicado em 27 de maio de 2024 às 15h50.

Última atualização em 27 de maio de 2024 às 15h50.

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A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou quatro mortes por leptospirose no estado desde o início das chuvas que causaram enchentes em várias cidades do estado. O governo investiga outros dez casos de óbito. Até agora, foram notificados 1.380 casos da doença. 124 foram confirmados, 542 descartados e 714 estão em investigação.

As vítimas são dois homens, de 56 e 50 anos, moradores do município de Cachoeirinha e da capital Porto Alegre, e os outros dois são de Venâncio Aires e Travesseiro. A contaminação com a bactéria Leptospira, responsável pela doença, é transmitida através da pele — especialmente se esta estiver com lesões abertas — a partir da exposição direta ou indireta à urina de ratos ou outros animais contaminados.

Em locais onde ocorreram enchentes, esta urina pode se misturar à água e ser disseminada até chegar aos seres humanos. A infecção é considerada febril aguda, ou seja, provoca febre alta e tem, de acordo com o Ministério da Saúde, um risco de letalidade de 40% nos casos mais graves.

Sintomas da leptospirose

A primeira fase dos sintomas dura cerca de 3 a 7 dias, a segunda. Os principais da fase precoce são:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dor muscular, principalmente nas panturrilhas
  • Falta de apetite
  • Náuseas/vômitos

Em casos leves, o atendimento é ambulatorial, já os mais graves exigem hospitalização imediata.

Sintomas em casos graves:

  • Síndrome de Weil: tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias;
  • Síndrome de hemorragia pulmonar: lesão pulmonar aguda e sangramento maciço;
  • Comprometimento pulmonar que causa tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoica;
  • Síndrome da angustia respiratória aguda (SARA);
  • Manifestações hemorrágicas: pulmonar, pele, mucosas, órgãos e sistema nervoso central.

Prevenção da leptospirose

A principal recomendação para se prevenir contra a doença é evitar qualquer contato com água ou lama de enchentes. Caso isto não seja possível, botas e luvas de borracha ou sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés) são os equipamentos indicados.

Quando a água abaixar a orientação do Ministério da Saúde é retirar essa lama (sempre com a proteção de luvas e botas de borracha) e desinfetar o local com uma solução de hipoclorito de sódio a 2,5%, na seguinte proporção: para 20 litros de água, adicionar duas xícaras de chá (400mL) de hipoclorito de sódio a 2,5% e deixar agir por 15 minutos.

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