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Rio Grande do Norte quer usar novo aeroporto para atrair projetos

Ideia é atrair novos investimentos para a região utilizando como argumento a facilidade de enviar produtos para o mercado internacional

Novo aeroporto irá substituir o atual Aeroporto Internacional Augusto Severo como principal da capital (Demis Roussos/ Arquivo)

Novo aeroporto irá substituir o atual Aeroporto Internacional Augusto Severo como principal da capital (Demis Roussos/ Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2011 às 18h56.

São Paulo - O Rio Grande do Norte quer usar o aeroporto de São Gonçalo de Amarante para conquistar novos investimentos para o Estado. A ideia é atrair grandes grupos para as imediações do terminal, utilizando como principal argumento a facilidade de enviar produtos ao mercado internacional. Até a presidente Dilma Rousseff afirmou que o local afastado em que se encontra o aeroporto representa uma oportunidade para atrair recursos para a região. A presidente observou que o Estado está localizado em uma posição estratégica, próxima dos Estados Unidos e da Europa. "A gente ouve falar muito em fronteira agrícola. Aqui estamos criando uma fronteira logística", afirmou a presidente.

O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), viajou com a presidente de Brasília a São Gonçalo do Amarante. Segundo ele, a conversa com Dilma teve como tema principal a necessidade de investimentos no entorno do novo aeroporto. "Viemos conversando com a presidente e estamos muito empenhados em fazer um polo industrial para que as empresas possam trazer seus negócios para cá", afirmou o parlamentar.

De acordo com Alves, foi apresentado à presidente pedido de investimentos para melhorias na BR-304, que liga Natal a Mossoró (RN) e Fortaleza (CE). O governo do Estado incluiu o acesso ao aeroporto por meio dessa rodovia dentro da matriz de responsabilidade da Copa do Mundo de 2014. Com isso, o montante que será investido pelo poder público subiu de R$ 15 milhões para R$ 85 milhões. Segundo o presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Rio Grande do Norte e coordenador dos projetos relativos à Copa, Demétrio Torres, as obras serão feitas com recursos do governo estadual, mas com financiamento federal.

A governadora do Estado, Rosalba Ciarlini (DEM), também destacou a possibilidade de o novo aeroporto atrair novos investimentos. "É uma obra estruturante com poder de induzir um grande salto de crescimento. Pode agregar um alto volume de investimentos públicos e privados, fazendo do Rio Grande do Norte referência no setor econômico e gerar milhares de postos de trabalho", afirmou.


A preocupação com a geração de emprego permeou todos os discursos. Os pedidos feitos ao consórcio Inframérica - que irá administrar o aeroporto de São Gonçalo do Amarante - é que utilize na construção dos terminais e na operação dos aeroportos mão de obra da região. A presidente Dilma destacou que com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) será possível qualificar trabalhadores para atender às necessidades da empresa. O prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado, cobrou investimentos também em saneamento, saúde e pavimentação de ruas na cidade.

Em contraponto à expectativa de desenvolvimento na região onde está localizado o novo aeroporto, a cidade de Natal deverá passar a ter uma grande área praticamente abandonada. Isso porque o atual aeroporto, Augusto Severo, não poderá mais operar com aviação comercial, por força do contrato da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) com o consórcio Inframérica. O governo do Estado ainda pretende negociar com o grupo para que seja permitida a aviação regional, mas o consórcio afirma que só concorda em deixar o atual aeroporto operar na área militar.

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