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Rio ganha ponte estaiada para viabilizar corredor de ônibus

Batizada com nome do cardeal dom Eugênio Salles, a obra foi inaugurada com a presença do atual arcebispo, dom Orani Tempesta


	Eduardo Paes: "O BRT Transcarioca talvez seja o mais importante de toda a cidade, porque cruza o subúrbio e áreas já consolidadas", disse o prefeito do Rio
 (Fábio Pozzebom/ABr)

Eduardo Paes: "O BRT Transcarioca talvez seja o mais importante de toda a cidade, porque cruza o subúrbio e áreas já consolidadas", disse o prefeito do Rio (Fábio Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2013 às 13h58.

Rio de Janeiro - A prefeitura do Rio de Janeiro inaugurou hoje (24) uma ponte estaiada na Barra da Tijuca que marca a conclusão de 85% do segundo corredor de ônibus articulados da cidade, o BRT Transcarioca.

Batizada com o nome do cardeal dom Eugênio Salles (arcebispo da cidade durante 30 anos), a obra foi inaugurada com a presença do atual arcebispo, dom Orani Tempesta. Também foram entregues as obras de modernização do Terminal Alvorada.

A ponte, que cruza o canal de interligação das lagoas de Jacarepaguá e da Tijuca, já está aberta a veículos e deve receber os ônibus do BRT Transcarioca no primeiro semestre do ano que vem, quando começa a operação do corredor. A obra custou R$ 120 milhões e levou pouco mais de dois anos.

Os quatro mastros de sustentação da estrutura têm altura equivalente a de um prédio de 16 andares. Deles saem 56 estaios (cabos de aço).

"O BRT Transcarioca talvez seja o mais importante de toda a cidade, porque cruza o subúrbio e áreas já consolidadas. Não é só pelo impacto urbano. Ele muda a mobilidade na cidade", disse o prefeito Eduardo Paes. Os BRTs (bus rapid transit ou trânsito rápido de ônibus) são vias expressas exclusivas para transporte coletivo por meio de ônibus articulados.

O Transcarioca tem 39 quilômetros e liga o Terminal Alvorada ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão - Antonio Carlos Jobim, na Ilha do Governador. Cerca de 320 mil pessoas devem usá-lo diariamente, enquanto o Transoeste é usado por 130 mil. O custo do corredor chega a R$ 1,7 bilhão, sendo R$ 1,1 bilhão em recursos do governo federal.

Os quatro BRTs do Rio têm previsão de conclusão em 2016, mas o Transbrasil, que liga o bairro de Deodoro, na zona oeste, ao centro, deve ficar pronto só no fim daquele ano, após as Olimpíadas. Paes acredita que a obra na Avenida Brasil, a principal via da cidade, não deve causar problemas à mobilidade nos Jogos, mas sim à população, durante os dois a três anos da construção.

O secretário municipal de Transporte, Carlos Roberto Osório, explicou que os 15% ainda não concluídos do Transcarioca estão localizados, principalmente, na Penha e na Ilha do Governador, e são essencialmente obras de arte (como as pontes estaiadas).

Segundo o secretário, a inauguração da ponte da Barra e sua abertura para carros vai aliviar o trânsito, mesmo sem o BRT: "A ponte elimina um sinal de trânsito complicado, que é um gargalo na chegada à Barra. E, com ela, o carioca ganha um monumento arquitetônico que diferencia e destaca a paisagem”, ressaltou.

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