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Rio estuda novo formato para o Réveillon, mais virtual e descentralizado

A suspensão do festejo em Copacabana chegou a ser cogitada, mas depois a prefeitura negou a possibilidade

Ano novo virtual: a suspensão do festejo em Copacabana chegou a ser cogitada (Flashpop/Getty Images)

Ano novo virtual: a suspensão do festejo em Copacabana chegou a ser cogitada (Flashpop/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 26 de julho de 2020 às 15h03.

Diante da impossibilidade de realizar shows e receber milhões de pessoas na praia de Copacabana no fim deste ano, por conta da pandemia do novo coronavírus, a Riotur estuda novos formatos de réveillon, mais virtual e descentralizado, para a cidade.

Atendendo a pedidos da Associação de Hotéis, a pasta municipal trata como hipótese principal a pulverização das celebrações da chegada do novo ano pela região da rede hoteleira — com recursos visuais —, mas quer ampliar a sugestão, incluindo no roteiro as Zonas Norte e Oeste do município.

Sem tratamento diferenciado para Copacabana, mesmo a queima de fogos deverá acontecer de forma igual em todas as localidades, e mais modesta.

A suspensão do festejo em Copacabana chegou a ser cogitada, mas depois a prefeitura negou a possibilidade. O órgão municipal contou que conversava com os setores de Comércio e Turismo, entre outros, sobre alternativas para diminuir suas perdas financeiras.

Embora não pense ainda em proibir tradições na praia, como mergulhos após a meia-noite e a oferta de homenagens a Iemanjá, o objetivo da prefeitura é desincentivar as idas à Copacabana, que provocam também aglomerações nos metrôs.

Com isso, além do Piscinão de Ramos e Parque Madureira, que já recebiam comemorações nesta data, outros pontos fora do subúrbio devem ser integrados no plano de padronização do festejo por toda a cidade. Os recursos cogitados, por hora, são: iluminação de monumentos, projeção de vídeos e até hologramas.

Um consenso é de que a queima de fogos deve mudar de tom, evitando a euforia e dando espaço para sons e luzes que levem à reflexão. A demanda será repassada a profissionais das áreas. E o show, que costuma durar de 15 a 20 minutos em Copacabana, não deve ser tão longo.

A Riotur estuda como será a transmissão, pela TV e através de plataformas digitais, de todas as ações. Na programação, devem ser incluídas ainda apresentações de artistas, sem plateia, e possivelmente celebrações religiosas. Embora ainda não tenham sido realizadas conversas oficiais para isso, uma ideia é propôr a transmissão da tradicional missa realizada no Cristo Redentor dentro da agenda da prefeitura.

A discussão em torno da festa busca chegar a um formato de réveillon cuja liberação não dependa das curvas de contágio e mortes, visto que a preparação dele deve começar com bastante antecedência. Outras decisões, como a permissão para realização de festas em quiosques na praia e hotéis, porém, serão divulgadas posteriormente pelo comitê ciêntico municipal.

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