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Rio entra, finalmelte, no clima da Copa

Clima tomou conta das ruas e das lojas do Saara e o do camelódromo da Uruguaiana, principais centros comerciais da cidade

Muro grafitado para a Copa do Mundo de 2014 no Rio de Janeiro (Pilar Olivares/Reuters)

Muro grafitado para a Copa do Mundo de 2014 no Rio de Janeiro (Pilar Olivares/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2014 às 19h08.

Rio - Nesta quinta-feira, 12, começa a Copa do Mundo do Brasil, mas o clima que tomou conta das ruas e das lojas do Saara e o do camelódromo da Uruguaiana, principais centros comerciais do Rio, foi de carnaval, verde e amarelo.

Em cada esquina da região, ambulantes concorriam entre quem vendia e soava mais alto cornetas e buzinas. E, apesar do barulho quase irritante, não faltavam compradores.

"Esse infeliz não para com esse barulho", disse em tom de brincadeira a administradora Cintia Dias sobre o relojoeiro Ailton Pereira, que aproveitou a proximidade da Copa para vender artigos do Brasil em sua barraca, e não parava de buzinar para chamar a atenção dos clientes.

A estratégia deu certo. "Estou levando um chapéu, uma camisa e já comprei a buzina para assistir o jogo num bar perto da minha casa, em Irajá. Esse clima é muito gostoso. É um segundo carnaval" contou Cintia, enquanto pagava o vendedor barulhento pelos itens.

"A parada é zoar! O pessoal reclama, mas gosta do barulho", defendeu-se Pereira, que mal conseguia responder à reportagem por causa da quantidade de clientes. "Tomaram minha barraca de assalto."

No meio da multidão de gente que comprava, entre um esbarrão e outro, era possível encontrar variados produtos ligados à Copa e seleção brasileira.

Eram vendidas bandeiras, arco de cabelo com anteninhas, chaveiros, taças da Copa, chinelos, capacetes com suporte para latinha de cerveja e até mesmo calcinhas com a bandeira do Brasil.

Havia camisas do Brasil, algumas originais, outras réplicas. "Está proibido vender camisas genéricas aqui, só pode se for falsa", gritava um vendedor, sem se inibir com os guardas municipais que estavam a poucos metros de distância dele.

Talvez por causa das recentes manifestações, as ruas demoraram a entrar no clima de Copa, mas, agora, o verde e amarelo parece ter tomado as ruas de vez.

"Melhorou um pouco, não é? Estava tudo meio apático" comentou o militar da Marinha Robson Veloso, enquanto carregava a camisa do Brasil e uma buzina que acabara de comprar para assistir o jogo entre Brasil e Croácia, na Fan Fest de Copacabana.

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