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Rio eleva vigilância contra febre amarela após mortes em Minas

Desde o início do ano foram notificados 184 casos suspeitos de febre amarela silvestre em Minas Gerais

Mosquito da Febre Amarela: sete mortes foram provocadas pela doença (Reprodução/Reprodução)

Mosquito da Febre Amarela: sete mortes foram provocadas pela doença (Reprodução/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 14h43.

Última atualização em 18 de janeiro de 2017 às 16h33.

Rio de Janeiro - O governo do Rio de Janeiro elevou nesta quarta-feira o nível de vigilância para pacientes com sintomas de febre amarela em cidades na divisa com Espírito Santo e Minas Gerais, e solicitou doses de vacina para criar uma "região de bloqueio" contra o vírus em reação a quase 200 casos suspeitos e 22 mortes apontadas como provavelmente provocadas pela doença em MG.

Desde o início do ano foram notificados 184 casos suspeitos de febre amarela silvestre em Minas Gerais, sendo 37 apontados como casos prováveis, de acordo com boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde de MG. Entre esses casos há 22 mortes apontadas como provavelmente provocadas pela doença, segundo a secretaria, em um total de 53 mortes notificadas como suspeitas.

De acordo com a secretaria, o Instituto Evandro Chagas, em Belém, informou ao governo mineiro que exames realizados pela instituição já confirmaram que sete mortes foram de fato provocadas pela febre amarela.

Em comparação, ao longo de todo o ano de 2016 foram confirmados sete casos da doença em todo o país --três em Goiás, dois em São Paulo e dois no Amazonas--, sendo cinco mortes, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Uma equipe do ministério chegou na terça-feira a Minas Gerais para se juntar aos trabalhos de investigações dos casos.

"As equipes estão atuando presencialmente nas localidades com relato de casos de febre amarela e estabelecendo medidas de controle", disse o ministério em nota, acrescentando que atualmente o Brasil tem registros apenas de febre amarela silvestre, e os últimos casos de febre amarela urbana --transmitida pelo mosquito Aedes aegypti-- foram registrados em 1942, no Acre.

Além dos casos em Minas Gerais, o Espírito Santo também notificou o Ministério da Saúde sobre a existência de quatro casos suspeitos e anunciou que vai vacinar a população de 26 municípios próximos a MG.

No caso do Rio de Janeiro, o governo solicitou um total de 250 mil doses de vacina para febre amarela para aplicação em 14 cidades das regiões norte e noroeste do Estado como medida preventiva.

"Foi solicitado ao Ministério da Saúde um total de 250 mil doses da vacina contra a doença, que serão distribuídas pela Secretaria de Estado de Saúde às prefeituras dessas cidades, para criar uma região de bloqueio contra o vírus da doença", disse a secretaria em nota.

Não houve registro da doença no Estado do Rio em 2016 e 2017, de acordo com o governo.

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