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Rio deve receber um milhão de turistas na Copa

A estimativa da secretaria municipal de Turismo (RioTur) é de que mais de R$ 1 bilhão seja injetado na economia carioca


	Maracanã: estádio será palco de seis jogos e da final do mundial
 (Buda Mendes/Getty Images)

Maracanã: estádio será palco de seis jogos e da final do mundial (Buda Mendes/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 18h03.

Rio - A cidade do Rio receberá quase um milhão de pessoas (entre turistas nacionais e internacionais e jornalistas) durante a Copa do Mundo. A estimativa da secretaria municipal de Turismo (RioTur) é de que mais de R$ 1 bilhão seja injetado na economia carioca. 

A capital será a sede das seleções da Inglaterra, Holanda e Itália (a seleção brasileira está em Teresópolis, na região serrana), da imprensa internacional e hospedará os dirigentes da Fifa e os 90 árbitros e assistentes que comandarão os jogos.

O Maracanã será palco de seis jogos e da final do mundial.

Serão 400 mil visitantes estrangeiros, 450 mil brasileiros e 18 mil jornalistas, que já ocupam 80% da rede hoteleira municipal.

Com capacidade para 20 mil pessoas por dia, o Fifa Fan Fest funcionará nos 25 dias de jogos com transmissão ao vivo e shows.

Com material informativo, sinalização e pessoal, serão gastos R$ 5,7 milhões, segundo a RioTur.

Em toda a cidade haverá 31 postos de informações distribuídos nos aeroportos, rodoviária, estações de metrô e BRT, no Maracanã e nos principais bairros e pontos turísticos (como Copacabana, Ipanema, Centro e Lapa).

Serão instaladas 3.700 placas e adesivos de sinalização em toda a cidade, principalmente em locais com grande circulação de visitantes (como estações de trem e metrô, pontos turísticos e no entorno do estádio).

A expectativa da RioTur é que tudo esteja instalado até dia 5 de junho, bem próximo ao início dos jogos "para evitar desgaste" do material, como foi feito em eventos anteriores como Jornada Mundial da Juventude e Copa das Confederações.

Pontos de ônibus, postes, estações de metrô e trem, entre outros locais de visibilidade receberão placas e adesivos com informações sobre dias e horários dos sete jogos que serão realizados no Rio.

A RioTur disponibilizará, até 5 de junho, o aplicativo Rio Guia Oficial (para celulares com sistema operacional iOS e Android) com informações sobre a cidade, principais pontos turísticos, bares, restaurantes e hotéis, além dos guias impressos (4,1 milhões de exemplares).

A imprensa terá três espaços: o International Broadcast Center (IBC), no Riocentro, na Barra, com capacidade para 18 mil jornalistas; o Presentations Studios, em Copacabana, na zona sul, que terá dez estúdios de diferentes emissoras de televisão de todo o mundo; e o Centro Aberto de Mídia (CAM), no Forte de Copacabana, que será disponibilizado para todos os profissionais.

A expectativa da RioTur é que 3,6 bilhões de espectadores assistam aos 64 jogos via TV ou internet.

Preparação

Não é apenas a prefeitura que está se preparando para a chegada da Copa do Mundo. Os vendedores ambulantes do entorno do Maracanã também querem receber bem os turistas.

O ambulante Cláudio Silva, de 42 anos, vende bebidas, camisas e acessórios do Brasil perto do estádio e, apesar de misturar inglês e espanhol, aprendeu a se comunicar com os turistas.

"Sei falar algumas coisas do meu jeito. É o inglês Joel Santana. Por exemplo: uno é três reales, dois é cinco", brincou.

Já Lourival Carvalho, de 43, está mais empenhado em agradar os visitantes. Há um ano, trabalhando nos arredores do Maracanã, ele comprou um livro de inglês para aprender os números de um a 20, o equivalente aos "preços das mercadorias".

"Direta e indiretamente, trabalhamos com turismo. Então, temos que saber o básico, pelo menos, para ter uma comunicação com o turista. Vem chileno, argentino, venezuelano, inglês. O mundo todo vem conhecer o Maracanã. Eu já sei até como é a palavra água em japonês: 'tissum' (na verdade, seria algo como 'mizu')".

O inglês Michael Pitzel, de 40, veio aproveitar sete dias no Brasil antes da Copa e aprovou a dedicação dos ambulantes.

Ele comprou uma camisa não oficial do Flamengo por R$ 40 depois de intensa negociação com Silva que mostrou os valores apontando os números no livro e com as mãos.

"A negociação funcionou, consegui entendê-los, sim. Eu gosto de conhecer pessoas, também faz parte da experiência e esses dois caras me divertiram muito."

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