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Rio de Janeiro anuncia delegacia para combater tráfico de armas

Estado terá delegacia especializada para combater o tráfico de armas, segundo a Secretaria de Segurança Pública

Armas: unidade contra tráfico deve estar pronta para funcionar em dez dias (Gary Cameron/Reuters)

Armas: unidade contra tráfico deve estar pronta para funcionar em dez dias (Gary Cameron/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 13h26.

O secretário de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro, Roberto Sá, anunciou a criação de uma delegacia especializada para combater o tráfico de armas no estado. Segundo Sá, a secretaria será constituída com os recursos que a Polícia Civil já dispõe.

"Estamos em um estado que apreende, no mínimo, 20 armas de fogo por dia há 15 anos. Não é trivial. Infelizmente, temos uma sociedade muito violenta e muito armada", disse o secretário.

A unidade vai se chamar Delegacia Especializada em Armas, Munição e Explosivos (Desarme) e, segundo o chefe de Polícia Civil, Carlos Leba, deve estar pronta para funcionar em dez dias.

A estrutura deve ficar na Cidade da Polícia, na zona norte da capital, e atuar em conjunto com órgãos nacionais e internacionais.

A criação da delegacia foi anunciada em conjunto com o detalhamento das ações do Grupo Integrado de Operações de Segurança Pública (Giosp), que foi criado em uma resolução publicada no Diário Oficial do Estado na última sexta-feira.

O grupo deve se dedicar a produzir análises que qualifiquem o combate "ao que transcende a violência urbana no Rio de Janeiro", segundo o secretário. Seu foco será o tráfico de armas pesadas, a lógica expansionista de organizações criminosas e o domínio territorial que elas mantêm em partes do estado.

O (Giosp) contará com até 36 pessoas e funcionará em estruturas que foram utilizadas pelos órgãos de segurança durante os grandes eventos feitos no estado.

Apesar de não ter havido um convite formal à União e a outros estados, a expectativa da Secretaria de Segurança Pública é que eles se prontifiquem a participar do grupo.

"A gente tem que iniciar e deixar as portas abertas. As portas estão abertas para as instituições do governo federal", disse Sá. "O Rio de Janeiro, na sua rotina, merece esse tipo de estrutura. Por que somente nos grandes eventos vamos juntar todas as forças?", indagou.

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