Transplante de pulmão está entre os mais complexos (Divulgação / Santa Casa/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 23h48.
Rio de Janeiro – O número de doações de órgãos para transplante no Rio foi recorde em 2011, tendo superado o de 2010 em 50%, de acordo com a Secretaria de Saúde do estado. Foram 121 transplantes no ano passado. Em 2010, o Programa Estadual de Transplantes (PET) recebeu 80 doações. Os números englobam as redes pública e privada de hospitais.
Para o coordenador do PET, Eduardo Rocha, a construção de uma sede específica para o recebimento de órgãos e a realização de transplantes, em abril de 2010, além da criação de um canal de comunicação entre as unidades de saúde, foram os pontos-chave para a obtenção do recorde.
“Em primeiro lugar, a medida de comunicação entre as equipes dentro dos hospitais. Nós criamos um número de comunicação fácil para que os profissionais pudessem se falar na identificação de um possível doador, o 155. É o disque-transplante, de fácil memorização. Em segundo, a criação da sede que deu lugar ao antigo programa estadual chamado Rio Transplante. Antigamente, esse programa funcionava dentro de um hospital, o que acredito que dificulte o acesso do doador”, avaliou Rocha.
O coordenador do programa ressaltou ainda que a Secretaria de Saúde firmou um convênio com a Universidade de Barcelona para capacitar profissionais e, assim, atender com maior eficiência questões que envolvem transplantes e doações de órgãos. “Nós fizemos esse convênio porque a Espanha, atualmente, é o país que registra o maior número de doação de órgãos no mundo.”
O último recorde de doação de órgãos foi registrado em 2004, quando foram recebidas 107 doações, de acordo com a Secretaria de Saúde. Entre os órgãos mais procurados nos bancos estão rins, fígado e córneas, além de serem os mais recebidos. De acordo com Eduardo Rocha, a meta para 2012 é atingir o índice de 200 transplantes.