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Rio admite ter sofrido cobrança do COI

Apesar da cobrança, prefeito Eduardo Paes afirmou que as obras agora estão em dia


	Velejadores durante evento-teste para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro
 (Alex Ferro/Rio 2016/Divulgação)

Velejadores durante evento-teste para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro (Alex Ferro/Rio 2016/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2014 às 18h40.

Rio de Janeiro - Influenciado pelos problemas nos preparativos do Brasil para a Copa do Mundo, o Comitê Olímpico Internacional (COI) pressionou o Rio de Janeiro devido aos atrasos para os Jogos de 2016, mas as obras agora estão em dia, afirmou nesta quarta-feira o prefeito Eduardo Paes (PMDB).

“O que se teve foi uma cobrança pública, não teve ameaça. Saí me explicando. Eles são super sérios e têm padrão excepcional”, disse o prefeito a jornalistas.

Em abril, os Jogos do Rio foram duramente criticados pelas federações internacionais e o vice-presidente do COI, o australiano John Coates, chegou a dizer que os trabalhos no Brasil para os Jogos de 2016 eram "os piores" que ele já viu.

O COI, então, anunciou uma série de medidas para acelerar os trabalhos, incluindo a contratação de mais monitores e de gerentes de projetos para fiscalizar o andamento da preparação, além de ampliar o número de viagens ao Rio do diretor de Jogos Olímpicos da entidade, Gilbert Felli.

A menos de dois anos para os Jogos, Paes garantiu que o Parque Olímpico, a Vila dos Atletas e até o Complexo de Deodoro, o local mais atrasado, estão dentro do prazo e não serão problemas para 2016.

“Assumimos esse projeto em dezembro do ano passado e está em dia e no prazo”, afirmou ele sobre Deodoro.

té pouco tempo, essa era a principal dor de cabeça da cidade na preparação dos Jogos, o que gerou uma preocupação do COI.

Rio X Londres

O prefeito do Rio fez várias comparações entre obras em andamento com as realizadas para os Jogos de Londres, em 2012, para mostrar que o ritmo atual está mais avançado que no mesmo período que antecedeu a Olimpíada na Inglaterra.

Paes disse que os dois principais estádios de 2016, Maracanã e Engenhão, que está passando por um reforço estrutural de cobertura, estão “prontos”, diferentemente do Estádio Olímpico de Londres faltando menos de dois anos para o evento.

“As coisas vão muito bem e num estágio muito legal. Temos uma fama ruim e temos que provar que estamos fazendo direito. A fama boa dos ingleses ajudou a organizar os Jogos de Londres”, afirmou ele.

Ainda segundo Paes, a preocupação internacional que se criou antes da Copa do Mundo era infundada, porém justificável.

“Eles (COI) pensavam: faltando um mês e eles (Brasil) não conseguiram concluir o estádio de abertura do esporte mais importante do país, imagina com outros esportes como canoagem slalon”, disse o prefeito na palestra.

Para ele, a trajetória do país para o Mundial foi muito desgastante em razão de atrasos em estádios e infraestrutura, aumentando o grau de incerteza sobre o sucesso das obras para 2016.

“A jornada da Copa do Mundo foi uma tragédia tremenda, mas se me perguntar se foi o que devia ser, eu diria que não. Mas depois do êxito da Copa do Mundo, a percepção é melhor agora e o sucesso da Copa ajudou no processo de recuperação da Olimpíada para que a jornada não seja tortuosa”, completou.

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