Brasil

Rio adia por 15 dias reabertura de cinemas, teatros e casas de eventos

Eventos corporativos estão liberados nesse período. Os hospitais de campanha começam a ser desmontados no próximo dia 20

Teatro Municipal do Rio de Janeiro (Lisa Wiltse/Corbis/Getty Images)

Teatro Municipal do Rio de Janeiro (Lisa Wiltse/Corbis/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de agosto de 2020 às 18h54.

Última atualização em 17 de agosto de 2020 às 12h51.

A reabertura de cinemas, teatros e casas de eventos no município do Rio de Janeiro, prevista para este domingo, 16, foi adiada pela prefeitura por 15 dias, anunciou o prefeito Marcelo Crivella, em coletiva realizada na tarde deste domingo. A fase 6 a última, estava prevista originalmente para começar hoje. Segundo explicou o prefeito, a fase 5, que previa a reabertura dos pontos turísticos, só começou no último sábado e uma nova fase não poderia ser iniciada sem que o impacto da anterior pudesse ser avaliado.

Crivella afirmou que os indicadores de covid-19 no Rio estão sob controle e de acordo com o que era previsto para este momento da epidemia, mas que, mesmo assim, o comitê científico da prefeitura decidiu manter as restrições. O comitê leva em conta sete indicadores, entre eles o número de casos de covid e a ocupação dos leitos de UTI nos hospitais. Uma nova análise será feita em duas semanas.

O prefeito fez um apelo aos mais jovens, que têm se aglomerado em bares, que evitem as reuniões para não aumentar a carga viral circulante na cidade.

Na manhã deste domingo, profissionais do carnaval, de rodas de samba e pessoas que trabalham na produção de eventos se reuniram na Avenida Atlântica, em Copacabana, para reivindicar apoio ao setor, duramente atingido durante a pandemia. O movimento "Mobilização pelo Entretenimento" pede a criação de um auxílio emergencial específico para o setor até que as atividades culturais possam ser retomadas.

O município vem flexibilizando o isolamento desde o dia 2 de junho. A retomada foi dividida em seis fases, com previsão de duração de 15 dias cada, caso a curva de contaminações e mortes por covid-19 se mantivesse estável. Mas houve mudanças. A volta às aulas nas escolas particulares, por exemplo, foi liberada pela prefeitura mas proibida pela Justiça.

Na última segunda-feira, Crivella anunciou que a praia seria dividida em "cercadinhos" a serem reservados por um aplicativo para permitir a permanência de banhistas na areia sem aglomeração. Na última sexta, no entanto, a prefeitura decidiu que vai reavaliar a ideia diante das críticas geradas.

No sábado, foram reabertos os principais pontos turísticos do Rio: Corcovado, Pão de Açúcar, RioStar, AquaRio e Paineiras. Todos estão funcionando com capacidade reduzida e seguindo diversas regras de segurança para evitar o contágio.

Durante a coletiva, Crivella também divulgou um calendário para o fechamento dos hospitais de campanha criados especialmente para a pandemia. O Hospital Lagoa-Barra, que tem 100 leitos e enfermaria e outros 100 de UTI, será fechado no próximo dia 20. A unidade do Parque dos Atletas seguirá funcionando até o dia 11 de setembro.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusMarcelo CrivellaRio de Janeiro

Mais de Brasil

Governos preparam contratos de PPPs para enfrentar eventos climáticos extremos

Há espaço na política para uma mulher de voz mansa e que leva as coisas a sério, diz Tabata Amaral

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdermar

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT