Brasil

Rio adia nova etapa de flexibilização por avanço de variante delta

A variante delta tem avançado mais rapidamente no RJ do que em outros lugares, sendo responsável por 37,2% dos casos no mês passado no estado

Rio: nacionalmente, a delta representou 21,8% dos casos em julho, ante 62,5% da P.1. (Pilar Olivares/Reuters)

Rio: nacionalmente, a delta representou 21,8% dos casos em julho, ante 62,5% da P.1. (Pilar Olivares/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 10 de agosto de 2021 às 12h35.

Última atualização em 10 de agosto de 2021 às 15h08.

A prefeitura do Rio de Janeiro decidiu adiar a nova fase do programa de flexibilização das medidas restritivas contra a covid-19 prevista para o próximo mês por conta do avanço da variante delta na cidade, disse nesta terça-feira o secretário de Saúde, Daniel Soranz.

A variante delta tem avançado mais rapidamente no RJ do que em outros lugares, sendo responsável por 37,2% dos casos no mês passado no estado. Ainda assim, ao contrário do que ocorre em outros países, a delta não é a variante dominante, ficando atrás da P.1, que se originou em Manaus e representa 56,4% dos casos no RJ.

Nacionalmente, a delta representou 21,8% dos casos em julho, ante 62,5% da P.1.

O comitê científico que acompanha a pandemia e da apoio à prefeitura do Rio recomendou uma retomada mais cautelosa diante da disseminação da linhagem de origem indiana.

A previsão era de que a nova fase da retomada começasse em 4 de setembro e, segundo Soranz, após a recomendação do comitê, a tendência agora é que só ocorra após o fim do inverno, no final de setembro.

“Precisamos acelerar a vacinação para retomar algumas atividades“, disse Soranz.

O comitê orientou que a reabertura de atividades com presença de público ocorra somente quando metade da população carioca estiver com o ciclo vacinal completo. Antes, a prefeitura previa a retomada com cerca de 45%.

“Iríamos começar a abertura com 45% e agora com 50%, e para abrir tem de ter queda franca de casos, óbitos e mortos entre outras premissas“, disse o secretário.

Na cidade do Rio, 37% dos adultos tomaram as duas doses ou uma vacina de dose única, de acordo com dados da prefeitura.

Segundo a prefeitura, apesar do avanço da delta e do ajuste no plano de retomada, festas como Réveillon e Carnaval estão garantidas, mas dependem do cenário sanitário. As duas tradicionais festas não aconteceram neste ano devido à pandemia de covid-19.

  • Quer saber tudo sobre o ritmo da vacinação contra a covid-19 no Brasil e no mundo? Assine a EXAME e fique por dentro.
Acompanhe tudo sobre:CoronavírusRio de Janeirovacina contra coronavírus

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso