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Rio 2016 vende 4,5 milhões de ingressos a 1 mês da abertura

Os esportes mais tradicionais do país, como futebol, vôlei, basquete, natação e ginástica estão entre o mais procurados desde o começo das vendas


	Rio 2016: com a venda até agora de mais de 70 por cento dos bilhetes disponíveis, o comitê já faturou cerca de 1 bilhão de reais
 (Ricardo Moraes / Reuters)

Rio 2016: com a venda até agora de mais de 70 por cento dos bilhetes disponíveis, o comitê já faturou cerca de 1 bilhão de reais (Ricardo Moraes / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2016 às 08h29.

Rio de Janeiro - A um mês dos Jogos Olímpicos, cerca de 4,5 milhões de ingressos foram vendidos pelo comitê organizador no Brasil e no exterior e ainda há ao menos mais 1,5 milhão de bilhetes disponíveis ao público, de acordo com os organizadores da primeira Olimpíada a ser realizada na América do Sul.

Os esportes mais tradicionais do país, como futebol, vôlei, basquete, natação e ginástica estão entre o mais procurados desde o começo das vendas e praticamente não há mais entradas disponíveis.

Já os menos populares hóquei, rúgbi, tiro com arco e levantamento de peso têm bilhetes até mesmo para as disputas de medalha.

“Os mais disponíveis ainda à venda são os esportes menos populares no Brasil e que os brasileiro conhecem menos o jogo e até as regras. Mas mesmo nesses a demanda vem crescendo em todos os Estados”, disse à Reuters o diretor de ingressos dos Jogos, Donovan Ferreti.

“Com a proximidade dos Jogos e com a passagem da tocha por diversas cidades, e a disponibilidade de ingressos em bilheterias, a procura tende a melhorar”, acrescentou, lembrando que durante a maior parte do tempo o processo de venda foi feito exclusivamente pela internet.

Inicialmente o comitê Rio 2016 estimava ter disponível aproximadamente 7,5 milhões de ingressos à venda, mas, com a execução das obras e negociações de espaço com a equipe oficial de transmissão para a TV, ficaram disponíveis para venda até o momento cerca de 6 milhões de bilhetes.

“Uma redução ocorre por vários motivos. Pode acontecer por pontos cegos, maior área de mídia e posições de câmera. Além disso, como no caso da Lagoa, as arquibancadas previstas na lagoa não foram construídas”, disse do diretor do comitê.

“Mas estamos sempre negociando para ver se conseguimos liberar mais espaço... continuamos a meta de ter arenas cheias”, acrescentou.

Segundo Ferreti, com liberações de mais cadeiras nas arenas na reta final da preparação dos Jogos, a oferta de bilhetes poderá subir para 6,3 a 6,7 milhões, mas certamente não chegará aos 7,5 milhões estimados inicialmente.

Com a venda até agora de mais de 70 por cento dos bilhetes disponíveis, o comitê já faturou cerca de 1 bilhão de reais, o equivalente a quase 90 por cento da meta financeira estimada.

“Não podemos negar que (a crise econômica do país) sempre causa algum impacto, mas consideramos o programa de vendas bem sucedido até o momento”, afirmou.

“Podemos dizer que temos uma venda que está no meio entre o que foi a venda para os Jogos de Inverno na Rússia (Socchi-2014) e a Olimpíada de Londres (2012)“, disse.

Além do Rio de Janeiro, o futebol olímpico masculino e feminino será disputado em outras cidades como Belo Horizonte, Salvador, Manaus, São Paulo e Brasília.

Sem plano de legado

Enquanto a venda de ingressos avança, uma preocupação dos órgãos de fiscalização da preparação dos Jogos é o atraso na conclusão e apresentação do plano de legado das arenas que serão utilizadas na Olimpíada.

Até agora, o Tribunal de Contas da União (TCU) não recebeu informações das três esferas de governo (federal, estadual e municipal) sobre a destinação das arenas e equipamentos.

Diversos prazos já foram dados para os envolvidos nas preparação dos Jogos, mas eles não vêm sendo respeitados, segundo o TCU.

“É claro que o pós-Jogos é uma preocupação”, disse à Reuters o ministro do TCU Augusto Nardes.

“A área técnica orientou que seja aplicada a multa pelo atraso na entrega do Plano de Legado, mas as coisas se tornaram tão difíceis para o Rio de Janeiro, e vamos deixar para analisar e dar um parecer depois dos Jogos”.

Além do legado das arenas, o ministro Nardes acrescentou que o TCU também quer saber qual será o legado dos Jogos para a área de segurança, o que para ele “é algo fundamental” diante da recente escalada da violência da cidade.

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