Brasil

Rio-2016 nega envolvimento em compra de votos para ter Olimpíada

Segundo Jornal francês Le Monde, um empresário brasileiro pagou US$ 2 milhões ao filho de um integrante do COI três dias antes da votação em 2009

Criança joga futebol no Parque Olímpico no dia 5 de fevereiro de 2017 (Pilar Olivares/Reuters)

Criança joga futebol no Parque Olímpico no dia 5 de fevereiro de 2017 (Pilar Olivares/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de março de 2017 às 09h42.

Última atualização em 4 de março de 2017 às 09h48.

Rio -- O Comitê Organizador da Olimpíada do Rio nega envolvimento com a suposta tentativa de compra de votos na eleição para sediar os Jogos de 2016. Segundo reportagem publicada pelo jornal francês Le Monde, um empresário brasileiro pagou US$ 2 milhões (R$ 6,5 milhões) ao filho de um integrante do Comitê Olímpico Internacional (COI) três dias antes da votação, em outubro de 2009, que deu a vitória à capital carioca na disputa final para sediar o grande evento.

"O Rio ganhou porque tinha o melhor projeto e fez a melhor campanha", afirmou o diretor de Comunicação da entidade, Mario Andrada. "O Rio venceu por uma diferença muito grande de votos, 66 a 32. Não teria cabimento comprar um voto, isso não influenciaria o resultado final", disse Andrada.

"O Comitê não foi procurado pelos investigadores franceses nem pelo COI. O Rio-16, por sua vez e de acordo com Andrada, procurou o COI nesta quinta, depois de saber da denúncia. Se o Rio-2016 figurar nessa investigação será como vítima. Fizemos uma grande Olimpíada e agora está na moda jogar pedras, procurar defeitos, fazer denúncias", completou o dirigente.

Na época em que foi selecionado, o Rio ficou em segundo lugar no primeiro turno de votação, eliminando Chicago e Tóquio, mas ficando atrás de Madri. No segundo turno, o Rio venceu por 66 votos a favor, contra 32 da capital espanhola. E o fato de ter vencido essa disputa recebendo mais que o dobro de votos de sua adversária direta chamou atenção.

À época, o então governador de Tóquio, Shintaro Ishihara, protestou contra a escolha, levantando suspeitas de corrupção sobre o COI - que já havia sido centro de um escândalo internacional na escolha de Londres para os Jogos de 2012. "Eu ouvi dizer que o presidente (Lula, na época da vitória do Rio) veio fazer promessas ousadas aos representantes africanos", afirmou Ishihara.

Acompanhe tudo sobre:EsportesOlimpíada 2016OlimpíadasRio de Janeiro

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas