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Richa congela próprio salário, da vice e de secretários

O governador do Paraná anunciou que vai congelar o salário dele, da vice-governadora Cida Borghetti e de todos os secretários de Estado, abrindo mão de reajuste

O governador do Paraná,Beto Richa (PSDB): o salário do governador, que deveria ser de R$ 33,7 mil, terá um corte de R$ 4,3 mil (Ricardo Almeida/ANPr/Divulgação)

O governador do Paraná,Beto Richa (PSDB): o salário do governador, que deveria ser de R$ 33,7 mil, terá um corte de R$ 4,3 mil (Ricardo Almeida/ANPr/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 19h21.

Porto Alegre - O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), anunciou nesta quarta-feira que vai congelar o salário dele, da vice-governadora Cida Borghetti e de todos os secretários de Estado.

De acordo com legislação de 2002, os vencimentos têm reajuste automático, condicionados ao reajuste do Supremo Tribunal Federal (STF), mas, diante do quadro de crise financeira estadual, o tucano abriu mão do aumento.

O salário do governador, que deveria ser de R$ 33,7 mil levando em conta o incremento atrelado ao do STF, terá um corte de R$ 4,3 mil - mantendo-se, portanto, em R$ 29,4 mil mensais.

O vencimento da vice-governadora, que ficaria em R$ 32 mil, permanecerá em R$ 27,9 mil, e o dos secretários, que iria para R$ 23,6 mil, continuará em R$ 20,6 mil.

Em janeiro, quando deveria ter sido creditado o aumento, Beto Richa optou por adiar o recebimento do salário, medida seguida pela vice-governadora e pelos secretários. Agora, ele resolveu congelar o reajuste por tempo indeterminado, e o valor referente ao mês passado será pago junto com o de fevereiro.

Segundo a assessoria de imprensa do governo do Paraná, a medida é necessária, dada a difícil situação do Estado, e será oficializada por meio de decreto. No início do segundo mandato, em janeiro, Beto Richa tentou implantar um pacote de austeridade que incluía a elevação da alíquota de impostos, com o objetivo de ampliar receitas e diminuir despesas da máquina pública, mas enfrentou resistência de servidores estaduais. Quando o projeto foi colocado em pauta na Assembleia, por exemplo, um protesto de professores impediu a votação. O governador já enviou parte do pacote novamente ao Legislativo.

Nesta quarta-feira, milhares de pessoas participaram de uma marcha que tomou o centro de Curitiba e foi até o Palácio das Araucárias, sede do governo estadual, em protesto contra as medidas de ajuste fiscal anunciadas pelo governador reeleito.

No Rio Grande do Sul, Estado que também enfrenta uma crise financeira, o governador José Ivo Sartori (PMDB) sancionou em janeiro projeto de lei que previa o aumento do salário dele, do vice, José Paulo Cairoli (PSD), e dos secretários. Depois de a decisão ter provocado a reação negativa da comunidade, o governador e o vice voltaram atrás e abriram mão do reajuste.

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