Brasil

Revolta, protesto e euforia: as reações à decisão de Marco Aurélio Mello

Eduardo Bolsonaro, filho do presidente eleito da frase sobre "um cabo e um soldado" para fechar STF, replicou post no Twitter defendendo prisão de Mello

Marco Aurélio (Rosinei Coutinho/SCO/STF/Agência Brasil)

Marco Aurélio (Rosinei Coutinho/SCO/STF/Agência Brasil)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 19 de dezembro de 2018 às 17h01.

Última atualização em 20 de agosto de 2019 às 16h56.

São Paulo - A decisão de Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal, de determinar a soltura dos presos em segunda instância sem trânsito em julgado causou reações fortes nesta quarta-feira (19).

No Twitter, a frase "Lula Livre" chegou ao primeiro lugar nos Trending Topics mundial, lista dos assuntos que estão gerando mais repercussão.

Nos Trending Topics do Brasil, também estão em destaque os termos Marco Aurélio Mello, #stfvergonha e "O STF É UMA VERGONHA".

Outro termo que chegou próximo do topo foi "#UmCaboUmSoldado", referência a um vídeo de julho em que Eduardo Bolsonaro, filho do presidente e deputado federal eleito, diz que bastaria um cabo e um soldado para fechar o STF.

Nesta tarde, Eduardo retuitou uma publicação no Twitter que defende que Mello deveria ser preso:

https://twitter.com/leandroruschel/status/1075432280993222658?ref_src=twsrc%5Etfw

O Movimento Brasil Livre (MBL) convocou uma manifestação que começou às 17 horas em frente ao STF em Brasília e em várias outras cidades do país, inclusive em São Paulo. Por enquanto, ainda não há grande movimentação.

Política

O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), futuro ministro da Cidadania do governo de Jair Bolsonaro, disse que a decisão acarretará "consequências trágicas" para a credibilidade da Justiça brasileira e afetará a luta contra a corrupção.

João Amoêdo, ex-candidato à Presidência da República pelo Partido Novo, criou uma petição pedindo para que o presidente da Corte, o ministro Dias Toffoli, revogue a decisão.

A senadora Ana Amélia (PP-RS), candidata à Presidência na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), disse ter ficado perplexa e com a decisão que leva à insegurança jurídica.

Ela disse "lamentar profundamente" a medida. A parlamentar questionou se há uma coincidência entre a nomeação do ex-juiz Sergio Moro para o Ministério da Justiça e a nova definição.

"Acho que já começaram a reforçar as trancas nas portas de suas casas e janelas. São milhares de criminosos perigosos, estupradores e homicidas, que foram condenados", afirmou.

Janaína Paschoal comentou em seu perfil no Twitter que entende a posição do ministro Marco Aurélio, mas acredita que ela vem em "péssima hora".

Apesar da determinação, os petista evitaram comemorar. No entanto, Benedita da Silva, ex-governadora do Rio de Janeiro, publicou em seu perfil no Twitter sobre a decisão de Marco Aurélio:

Margarida Salomão, ex-reitora da da UFJF e atual deputada federal por Minas Gerais, afirmou que hoje é um dia "de fortes emoções".

(Com agências)

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