Previdência: perícias feitas pelo INSS têm objetivo de trazer de volta ao mercado pessoas que já recuperaram a capacidade de trabalho (Antonio Cruz/ABr/Reprodução)
Agência Brasil
Publicado em 16 de agosto de 2018 às 19h57.
O ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, disse nesta quinta-feira (16) que as revisões de benefícios pagos pelo governo como o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez deverão gerar economia anual de R$ 8 bilhões a partir do ano que vem.
Segundo Beltrame, as perícias feitas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que têm o objetivo de trazer de volta ao mercado pessoas que já recuperaram a capacidade de trabalho, estão próximas do marco de 1 milhão - das quais 700 mil foram realizadas nos últimos cinco meses.
Beltrame e outros ministros do núcleo social participaram hoje, no Palácio do Planalto, de uma reunião com o presidente Michel Temer com o intuito de apresentar um balanço sobre as ações na área nos últimos dois anos.
Após o encontro, Beltrame disse que os auxiliares de Temer deverão entregar um "relatório consolidado" sobre as ações realizadas no período e o que ainda resta a fazer nos últimos quatro meses de governo.
O ministro voltou a apresentar a previsão inicial de que os benefícios previdenciários deverão gerar uma economia de R$ 20 bilhões até 2019, sendo R$ 15 bilhões com o cancelamento de auxílios-doença pagos indevidamente. Ele disse que o número "subiu vertiginosamente" desde 2005 e que, atualmente, há 1,5 milhão de pessoas recebendo os auxílios do INSS "sem qualquer revisão".
"Se o cancelamento se mantiver em torno de 30%, como está acontecendo até agora, a economia prevista só na aposentadoria por invalidez é em torno de R$ 5 bilhões", disse. Segundo Alberto Beltrame, até o dia de hoje, o fim de benefícios gerou um corte de R$ 10,3 bilhões, valor que deve dobrar até o primeiro semestre de 2020. A partir daí, a estimativa é que deixem de ser gastos anualmente R$ 8 bilhões, com a meta de repassar os valores a aproximadamente 1,1 milhão de beneficiários, acrescentou.
O ministro afirmou ainda que os índices mostram que o Bolsa Família está com a fila zerada, garantindo maior poder de compra aos beneficiários.