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Réus na Lava Jato sairão definitivamente do governo, diz Temer

Em breve pronunciamento, presidente negou que o governo busque blindar aliados da Lava Jato

Michel Temer: presidente disse que o governo jamais terá como impedir a Lava Jato (Adriano Machado/Reuters)

Michel Temer: presidente disse que o governo jamais terá como impedir a Lava Jato (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 12h43.

Última atualização em 13 de fevereiro de 2017 às 13h46.

Brasília - Para tentar afastar as acusações de que o governo estaria querendo brecar a Lava Jato, o presidente Michel Temer convocou a imprensa para dizer que não há nenhuma tentativa de blindagem e dizer que definiu a forma como tratará os ministros envolvidos na operação.

"Se houver denúncia, que é um conjunto de provas, que eventualmente pode levar ao acolhimento, o ministro denunciado será afastado provisoriamente. Se acolhida a denúncia e o ministro se transformar em réu o afastamento é definido", disse, ressaltando que "se alguém converter-se em réu estará afastado independentemente do julgamento final."

Sem citar o caso de Moreira Franco, que é citado na Lava Jato e aguarda definição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre se poderá ou não ficar na Secretaria-Geral da Presidência, o presidente ressaltou que diria "pela enésima vez" que o governo não quer interferir nas investigações.

Ele ressaltou, entretanto, que só a citação não pode ser prova de culpa. "Uma simples menção não pode ser modo definitivo de incriminar", alegou.

O presidente disse que uma demonstração de que o governo não interferiu foi o fato de as delações da Odebrecht terem sido homologadas. "Chegando ao Judiciário toma um ritmo natural, tão natural que as delações foram homologadas", afirmou.

Temer destacou que a declaração desta segunda-feira, 13, se fazia "em caráter definitivo" e repetiu que o governo jamais poderá interferir na Lava Jato, que é comandada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.

"O governo não quer e nem vai blindar ninguém", afirmou, ressaltando que se trata de uma "questão muito séria".

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