Sede da Odebrecht, em São Paulo (REUTERS/Rodrigo Paiva)
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2015 às 14h49.
Brasília - Ao assumir participação em cartel que atuava por meio de contratos ilícitos na Petrobras, a Camargo Corrêa terá que detalhar como funcionava o chamado "clube vip" formado por outras cinco empreiteiras: UTC, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS.
Hoje, a Odebrecht informou que não teve acesso ao acordo assinado pela Camargo Corrêa com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e, portanto, não poderia se manifestar sobre o assunto. A Andrade Gutierrez, a OAS e a UTC afirmaram que não se pronunciariam. A Queiroz Galvão não respondeu até a noite desta quarta-feira, 19.
Segundo a Camargo Corrêa, foram entregues às autoridades novos documentos, e-mails, agendas e extratos de contas telefônicas, entre outros. A empresa ressalta que a decisão é fruto da estratégia de aprimoramento de seus programas internos de controle.
"A Construtora Camargo Corrêa reconhece sua participação nas condutas investigadas e se compromete a apresentar ao Cade documentos e informações para o esclarecimento dos fatos, além de aceitar o pagamento de contribuição pecuniária", afirmou, por meio de nota.
"A Construtora Camargo Corrêa reitera sua disposição para assumir responsabilidades com a adoção das medidas necessárias para corrigir desvios e colaborar na construção de um ambiente de negócios éticos, justos e sustentáveis", ressaltou a empreiteira.