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Reunião na Câmara sobre João Paulo Cunha é cancelada

Segundo vice-presidente da Câmara, a convocação da reunião por Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) foi um “equívoco”


	João Paulo Cunha: Cunha foi condenado no processo do Mensalão e teve o último recurso negado pelo Supremo Tribunal Federal no início deste mês
 (Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados)

João Paulo Cunha: Cunha foi condenado no processo do Mensalão e teve o último recurso negado pelo Supremo Tribunal Federal no início deste mês (Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2014 às 17h31.

Brasília - O vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), anunciou hoje (21) o cancelamento da reunião da Mesa Diretora da Casa, que tinha sido marcada para o dia 4 de fevereiro, que iria analisar a possibilidade de abertura de processo de cassação contra o deputado João Paulo Cunha (PT-SP).

Segundo Vargas, a convocação da reunião pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), foi um “equívoco”. “Não tinha nenhum motivo para marcar a reunião. Tinha uma especulação de que um mandato de prisão seria expedido. A Câmara não pode trabalhar em cima de especulação. Então foi precipitado marcar a reunião”, disse André Vargas.

João Paulo Cunha foi condenado no processo do mensalão e teve o último recurso negado pelo Supremo Tribunal Federal no início deste mês. Por isso, a expectativa é que um mandato de prisão contra ele possa ser expedido a qualquer momento, o que levou Henrique Alves a convocar a reunião. No entanto, como o Supremo ainda não fez a comunicação sobre a situação de João Paulo à Câmara, a reunião foi desmarcada.

André Vargas também reiterou que o deputado, assim como os outros parlamentares condenados no mensalão, deverá passar por processo de cassação e ter o direito de se defender.

Na opinião de Vargas, João Paulo Cunha não deverá renunciar ao mandato. “É uma decisão individual. O deputado tem um mandato para trabalhar pela população. Ele pode considerar que ele terá condição de continuar atuando [na Câmara], pois vai cumprir regime semi-aberto. Ele tem direito a mais essa instância de defesa [o plenário da Câmara] e certamente ele não vai abrir mão dele”, disse o vice-presidente da Câmara.

Sobre a possibilidade de João Paulo Cunha, José Dirceu e Delúbio Soares recorrerem a uma arrecadação online, nos moldes da que foi feita pela família de José Genoíno, para terem ajuda para pagar as multas impostas na condenação do processo do mensalão, André Vargas disse que o PT deverá apoiar. Ele não soube avaliar se as outras “vaquinhas” terão o mesmo sucesso que a de Genoíno.

“O Genoíno tem suas características pessoais e tem uma questão humanitária também, com relação à saúde dele”, disse Vargas se referindo aos problemas cardíacos do ex-deputado.

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