Brasil

Reunião de Lula e Maluf causou recuo de Erundina

Segundo fontes do PT, Erundina não aceitou o fato de Lula não ter aparecido na cerimônia que ratificou a dobradinha entre PSB e PT, enquanto foi ver Maluf

"São Paulo cansou de prefeitos de meio-expediente e de prefeitos de meio-mandato", disse o petista (Heinrich Aikawa/Instituto Lula)

"São Paulo cansou de prefeitos de meio-expediente e de prefeitos de meio-mandato", disse o petista (Heinrich Aikawa/Instituto Lula)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2012 às 15h41.

São Paulo - A inabilidade política do PT em colocar nesta segunda o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado do deputado federal Paulo Maluf, na cerimônia de apoio à candidatura a prefeito de Fernando Haddad, foi a gota d'água para a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) recuar da decisão de ser vice na chapa do ex-ministro da Educação. Segundo fontes do PT, Erundina não aceitou o fato de Lula não ter aparecido na cerimônia que ratificou a dobradinha entre PSB e PT, na última sexta-feira, enquanto nesta tarde posava para fotos com Haddad e Maluf.

"Poderiam ter feito um evento no final da tarde desta segunda para o Maluf e sem o Lula, que tudo estaria tranquilo. A Erundina sabia desde sexta-feira que o acordo com o Maluf estava fechado", disse uma fonte. "Agora Lula deveria fazer um afago público à deputada para contornar essa situação de pura inabilidade política", completou a fonte.

Na ocasião do acordo entre PT e PSB, Erundina não vetou o acordo com o PP, preferiu não se posicionar sobre o assunto e afirmou que um acordo com o Maluf e com o PP não passava pela decisão pessoal dela. Ela reforçou, no entanto, que gostaria de ter ao lado pessoas comprometidas com o projeto político da chapa com Haddad.

Conciliação

Já o presidente do PT do Estado de São Paulo, deputado estadual Edinho Silva, adotou um discurso de conciliação e afirmou, à Agência Estado, acreditar na permanência de Erundina como vice na chapa de Haddad. "Não ouvi da deputada qualquer sinal de ruptura, mas um descontentamento que, com o diálogo, será superado. Vamos contar com ela ao lado de Haddad", afirmou Edinho.

O presidente do PT paulista defendeu o acordo com o PP e com Maluf, o qual, segundo ele, segue o padrão de coligações amplas, já adotado pelo governo Lula e pela administração da atual presidente Dilma Rousseff. "São coligações que mesmo com a contradição têm objetivos maiores; no caso da candidatura do Haddad, há pontos de unidade (entre PT e PP) para a cidade, que são as ações de combates às enchentes, às crises da saúde e da educação", concluiu Edinho.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesLuiz Inácio Lula da SilvaPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

'Alunos estão pedindo dinheiro de volta', diz representante das autoescolas sobre mudanças na CNH

Felca será ouvido pelo Senado sobre adultização de menores em plataformas digitais

Michel Misse, sociólogo renomado da UFRJ, morre aos 74 anos após batalha contra câncer

Hugo Motta descarta aprovação de anistia para envolvidos no 8 de janeiro: 'não há clima'