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Retrato falado do suspeito de atacar com seringa é divulgado

O homem seria o responsável por perfurar uma médica peruana pelas costas, na Avenida Paulista há cerca de um mês


	Seringa: o homem seria o responsável por perfurar uma médica peruana pelas costas, na Avenida Paulista há cerca de um mês
 (Stock Xchng)

Seringa: o homem seria o responsável por perfurar uma médica peruana pelas costas, na Avenida Paulista há cerca de um mês (Stock Xchng)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2016 às 18h47.

São Paulo - A Polícia Civil de São Paulo divulgou um retrato falado do suspeito de usar uma seringa para praticar ataques na capital.

O homem seria o responsável por perfurar uma médica peruana pelas costas, na Avenida Paulista, no centro, há cerca de um mês. Ele tem aproximadamente 40 anos, moreno, de porte médio e tem barba e olhos castanhos.

Um inquérito foi instaurado pelo 78º Distrito Policial (Jardins) para tentar identificar e prender o suspeito, que é acusado de lesão corporal e periclitação contra a vida (quando expõe outra pessoa a perigo) com o uso de seringa. As investigações começaram após o caso ocorrido no dia 22 de junho.

Uma das vítimas, uma médica estrangeira, caminhava com uma amiga, na altura do cruzamento da Paulista com a Rua Pamplona, por volta das 17h, quando foi picada pelas costas.

Ela quem forneceu as informações para o retrato falado. "Os policiais fizeram buscas na região e abordaram alguns suspeitos", diz.

"Dei as descrições que eu lembrei daquele momento que aconteceu. Foi muito rápido. Eu não vi ele de frente, vi de perfil. Tanto que o retrato está de perfil", afirma a vítima. 

(Divulgação)

"Senti uma picada nas costas, como uma ponta de uma caneta. Quando eu virei, vi um homem passar. Ele não tinha nada nas mãos", diz. "Na esquina da Paulista, ele tirou uma seringa da manga e furou outra moça."

A médica afirma que correu para alcançar a outra mulher e alertou que ela havia sido atingida. "Ela viu que eu também estava ferida, então resolvi ir para o hospital."

Segundo conta, as duas se separaram e não tiveram mais contato. Ela também diz que não falou com nenhuma outra vítima um mês após o caso.

Receio

Com risco de infecção, a médica buscou tratamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, que atendeu outras ocorrências parecidas desde o primeiro ataque.

Ela passou 28 dias à base de comprimidos e apresentou sintomas de icterícia por causa da medicação. Após exames, os testes deram negativo para HIV, sífilis e hepatite B e C.

"Foi um evento um tanto traumático. Agora, ando com mais receio na rua, olhando sempre ao redor", diz.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirma que a Polícia Civil mantém contato com o hospital para "obter informações de eventuais novas ocorrências" e pede para que as vítimas registrem boletim de ocorrência.

Segundo apurou a reportagem, os investigadores têm encontrado dificuldade para ter acesso a informações sobre as vítimas, uma vez que os médicos se negam a abrir prontuários dos pacientes sem ordem judicial.

O Emílio Ribas também não confirma o número de casos. Em nota, o hospital diz que não pode prestar informações mais detalhadas, "sob pena de não desrespeitar o sigilo médico".

"Sempre que necessário, o hospital orienta seus pacientes a registrarem boletim de ocorrência e aciona a polícia", afirma.

"A equipe médica da unidade esclarece que num eventual ataque com agulha os riscos para transmissão de doenças infecciosas são considerados mínimos, não havendo necessidade de pânico para a população", diz a nota.

"A vítima deve manter a calma, lavar o ferimento com água e sabão (não usar álcool ou solução que machuque a pele) e procurar um serviço de saúde para avaliação."

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