Brasil

PIB mostra que governo age na contramão do ajuste, diz Fiesp

"O governo age na contramão, pois a única rubrica que se expandiu no terceiro trimestre de 2015 foi justamente o consumo do governo”, avalia a Fiesp


	Fiesp: "O governo age na contramão, pois a única rubrica que se expandiu no terceiro trimestre de 2015 foi justamente o consumo do governo”
 (Arquivo/Agência Brasil)

Fiesp: "O governo age na contramão, pois a única rubrica que se expandiu no terceiro trimestre de 2015 foi justamente o consumo do governo” (Arquivo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 07h24.

O resultado do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado hoje (1º), mostra que o governo está agindo na contramão do ajuste econômico.  A avaliação é da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), divulgada em nota.

“Mais uma vez reafirmamos que o governo deve acertar suas contas, cortando gastos e melhorando a gestão. O governo tem que ser capaz de fazer mais, com muito menos. No entanto, o que os dados do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] mostram é que o governo age na contramão, pois a única rubrica que se expandiu no terceiro trimestre de 2015 foi justamente o consumo do governo”.

O PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou o terceiro trimestre do ano com queda de 1,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Os dados das Contas Nacionais foram divulgados hoje pelo IBGE e indicam a maior retração do PIB em terceiros trimestres, desde o início da série histórica em 1996.

Houve recuo na agropecuária (-2,4%), na indústria (-1,3%) e nos serviços (-1%). O consumo das famílias caiu 1,5%. Já o consumo do governo teve variação positiva, cresceu 0,3% em relação ao trimestre anterior.

Para o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), o resultado deverá impactar no mercado da construção. O setor registrou retração de 6% em relação ao trimestre anterior. O sindicato avalia que a crise política está prejudicando a economia do país e precisa ser interrompida.

“A gravidade da recessão não permite que a crise política se prolongue indefinidamente. Executivo e Legislativo precisam dar um encaminhamento para o reequilíbrio futuro das contas públicas, que possibilite a diminuição das incertezas e a retomada dos investimentos”, disse a entidade em nota.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) ressaltou que o PIB é resultado de uma crise estrutural no país, mas que a solução não passa pelo aumento da carga tributária.

“Reconhece-se que a crise é estrutural, mas até agora as ações concentraram-se em uma inócua tentativa de se aumentar a carga tributária com a volta da CPMF, o que apenas agravaria o quadro recessivo, retirando recursos das famílias e empresas e aumentando ainda mais os preços”.

Acompanhe tudo sobre:CPMFEstatísticasFiespIBGEImpostosPIBPIB do Brasil

Mais de Brasil

Governo quer aumentar número de setores fora do tarifaço

Governo quer ampliar número de setores isentos do tarifaço de Trump, diz Alckmin

Recuperação de áreas degradadas pode contar com R$ 31,4 bilhões

Rio Grande do Sul registra neve em algumas localidades