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Restrição a imigrantes é bandeira de governador eleito em Roraima

Os desafios do estado de Roraima ganharam contornos nacionais devido a situação dos imigrantes venezuelanos

Antonio Denarium, novo governador de Roraima (Campanha/Divulgação)

Antonio Denarium, novo governador de Roraima (Campanha/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de outubro de 2018 às 21h01.

Com 93,94 % dos votos apurados, Antonio Denarium, do PSL, e o vice Frutuoso Lins, do PTC, estão matematicamente eleitos com 53,50% dos votos válidos e assumirão o comando do estado de Roraima. O empresário venceu o segundo turno das eleições contra o ex-governador José Anchieta, do PSDB, que alcançou 46,50%.

O fluxo de imigrantes venezuelanos para o Brasil, que tem Boa Vista como primeiro destino, polarizou a eleição em Roraima. Antônio Denarium, que surpreendeu no primeiro turno ao virar a expectativa das pesquisas, que apontavam seu opositor na liderança, chegou a defender o fechamento da fronteira com a Venezuela - posição que não é endossada por Jair Bolsonaro (PSL), eleito presidente neste domingo.

Com a evolução da campanha, Denarium, acabou falando mais em "controle rigoroso na fronteira" - com a adoção de medidas que restrinjam a entrada dos imigrantes, como obrigatoriedade de vacinação para todos, instalação de campos de refugiados pelo Exército e transferência de imigrantes para outras partes do país. Em seu plano de governo, ele incluiu a questão dos imigrantes no tópico da segurança, seguindo o tom da campanha de Bolsonaro.

Os desafios do estado de Roraima ganharam contornos nacionais devido a situação dos imigrantes venezuelanos que ingressam diariamente no estado desde o agravamento da crise no país vizinho.

A área da fronteira e a pressão do elevado número de venezuelanos sobre as políticas de saúde, educação, trabalho do estado acabaram se tornando o foco do debate em todo o período de disputa eleitoral em Roraima.

O adversário José de Anchieta (PSDB) também defendeu a adoção de cota para regular a entrada de venezuelanos em Roraima. O candidato tucano destacou na parte de Direitos Humanos de seu plano de governo que promoveria diálogo com o Governo Federal para adotar medidas legais e humanitárias pra restringir o fluxo migratório de venezuelanos e garantir acesso às políticas públicas.

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