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Reservatórios a 10% é o limite para racionamento

Ministro de Minas e Energia afirmou que, se o nível atual dos reservatórios das hidrelétricas se mantiver, haverá energia suficiente para abastecer o país


	Eduardo Braga: "É claro que, se tivemos de tomar uma medida que seja prudencial, nós tomaremos"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Eduardo Braga: "É claro que, se tivemos de tomar uma medida que seja prudencial, nós tomaremos" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 20h00.

Brasília - O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, admitiu nesta quinta-feira, 22, pela primeira vez, que o governo terá de adotar medidas de racionamento de energia caso o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas fique abaixo de 10%.

Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que os reservatórios estavam ontem em 17,43% na região Sudeste/Centro-Oeste e em 17,18% na região Nordeste.

"É claro que, se tivemos de tomar uma medida que seja prudencial, nós tomaremos. O limite é 10%", afirmou, ao ser questionado sobre em que momento o governo adotaria medidas de estímulo à economia de energia ou mesmo um racionamento.

"É obvio que se nós tivermos mais falta de água, se passarmos do limite prudencial de 10% nos nossos reservatórios, estaremos diante de cenário que nunca foi previsto em nenhuma modelagem", disse Braga.

"A partir daí teríamos problemas graves, mas estamos longe disso."

Braga afirmou que, se o nível atual dos reservatórios das hidrelétricas se mantiver, haverá energia suficiente para abastecer o país.

Mas explicou que nenhuma usina hidrelétrica pode operar com reservatórios abaixo de 10% devido a problemas técnicos que impedem o funcionamento das turbinas.

Água

Ainda assim, o ministro relatou que o ritmo hidrológico já atingiu o mínimo em diversas regiões do país e que, além da questão hidrelétrica, o abastecimento de água também preocupa o governo.

Por isso, hoje haverá uma reunião na Casa Civil com representantes dos ministérios de Minas e Energia, de Meio Ambiente, de Ciência e Tecnologia e da Agência Nacional de Águas (ANA).

"Estamos traçando cenários com especialistas para estabelecermos planos. Temos que acompanhar a situação com atenção sem sermos otimistas nem pessimistas", afirmou Braga.

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