Brasil

Reoneração da folha: Pacheco chama reunião e avisa a Haddad que medida sofre rejeição

Medida provisória que retoma a tributação gradual da folha de pagamento das empresas pode ser rejeitada pelo Congresso

Plenário do Senado Federal durante sessão de debates temáticos destinada a debater o tema "Juros, Inflação e Crescimento".

Mesa:
ministro de Estado da Fazenda, Fernando Haddad; 
presidente do Senado Federal e requerente desta sessão, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado (Edilson Rodrigues/Agência Senado/Flickr)

Plenário do Senado Federal durante sessão de debates temáticos destinada a debater o tema "Juros, Inflação e Crescimento". Mesa: ministro de Estado da Fazenda, Fernando Haddad; presidente do Senado Federal e requerente desta sessão, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado (Edilson Rodrigues/Agência Senado/Flickr)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 4 de janeiro de 2024 às 07h22.

Deputados e senadores avaliam que a tendência é o Congresso rejeitar a medida provisória (MP) que retoma a tributação gradual da folha de pagamento das empresas.

No Senado, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve reunir líderes partidários na próxima segunda-feira ou terça-feira. O objetivo inicial de Pacheco era ouvir a opinião dos parlamentares mais influentes sobre a MP da reoneração, mas os vetos impostos à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) também devem entrar nas discussões.

Pacheco já indicou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em conversa reservada, que a medida provisória da reoneração da folha de salários vai ter muitas dificuldades de avançar no Congresso, mesmo que não seja devolvida à Presidência da República, apurou o Estadão/Broadcast. Governistas tentam reverter o quadro e abrir um caminho de diálogo dos congressistas com o governo até fevereiro, quando o Legislativo volta do recesso.

Líderes da Câmara ouvidos pelo Estadão/Broadcast disseram que não houve ainda uma reunião para tratar dos temas - os trabalhos no Legislativo só voltam em fevereiro -, mas avaliam que a MP é “assunto óbvio”. Um desses líderes disse, em condição de anonimato, que o Congresso deve inclusive trabalhar para não receber o texto da MP da reoneração.

Mais mudanças

A medida provisória da reoneração da folha foi anunciada por Haddad no último dia 29, cerca de duas semanas após o Congresso derrubar o veto do governo à lei que estende o benefício fiscal a 17 setores da economia até 2027, além da redução da contribuição previdenciária patronal paga pelas prefeituras.

A proposta de acabar com o incentivo, segundo o petista, está alinhada à meta de zerar o déficit das contas públicas este ano, já que repõe aos cofres do governo recursos que não estavam inicialmente previstos no projeto de lei orçamentária.

A MP também prevê uma extinção gradativa do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), aprovado por deputados e senadores para ajudar as empresas do setor em razão da pandemia da covid-19 e que foi prorrogado.

O texto da MP ainda estabelece uma nova regra para compensação de crédito tributário, que será aplicada a volumes que empresas tenham direito superiores a R$ 10 milhões, em razão de decisões judiciais.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosSenadoFernando Haddad

Mais de Brasil

Lula anuncia pagamento do Pé-de-Meia e gratuidade dos 41 remédios do Farmácia Popular

Denúncia da PGR contra Bolsonaro apresenta ‘aparente articulação para golpe de Estado’, diz Barroso

Mudança em lei de concessões está próxima de ser fechada com o Congresso, diz Haddad

Governo de São Paulo inicia extinção da EMTU