O presidente do Senado, Renan Calheiros 08/12/2016 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 22h38.
Última atualização em 8 de fevereiro de 2017 às 23h01.
Brasília - Depois de bancar a indicação de Edison Lobão (PMDB-MA), que é investigado no STF, para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Renan Calheiros nomeou uma "tropa de choque" para compor o restante da comissão.
O colegiado irá fazer a sabatina de Alexandre de Moraes para o cargo de ministro do Supremo, além de votar os principais projetos que revisam a Constituição.
Como líder do PMDB, Renan indicou sete senadores para titulares para compor o colegiado: Lobão, Jader Barbalho (PMDB-PA), Eduardo Braga (PMDB-AM), Simone Tebet (PMDB-MS), Valdir Raupp (PMDB-RO), Marta Suplicy (PMDB-SP) e José Maranhão (PMDB-PB).
Com exceção de Marta e Simone, todos os demais senadores são ligados ao grupo do ex-presidente José Sarney, que inclusive orientou a indicação de Lobão para a presidência do colegiado. O senador Eduardo Braga, que figurava independente, também tem se aproximado de Renan Calheiros.
O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e o próprio Renan estão na lista de suplentes, senadores que podem participar e votar nas sessões em que houver titulares do PMDB ausentes.
O senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que tentou disputar a presidência da CCJ, não vai nem mesmo participar da comissão.
Depois de constrangimento interno na bancada em insistir na candidatura sob pressão dos caciques do partido, Lira preferiu abandonar a vaga alegando "ingerências externas".