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Renan Filho indica acusada de desvios para pasta de Cultura

A indicação de Melina Freitas (PMDB) em Alagoas provocou pesada reação da comunidade artística


	Renan Filho (PMDB): o governador eleito foi responsável pela indicação
 (Divulgação/Campanha Renan Filho)

Renan Filho (PMDB): o governador eleito foi responsável pela indicação (Divulgação/Campanha Renan Filho)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2014 às 09h54.

São Paulo - A indicação da ex-prefeita de Piranhas (AL) Melina Freitas (PMDB) para o cargo de secretária da Cultura de Alagoas, pelo governador eleito Renan Filho (PMDB), que toma posse hoje, provocou pesada reação da comunidade artística.

Melina traz em seu currículo acusação de desvios de recursos públicos e fraudes de licitações que somariam R$ 15,93 milhões no período em que administrou Piranhas (2009/2012), município localizado às margens do Rio São Francisco.

Centenas de artistas alagoanos estão engajados no manifesto que pede que Melina não assuma a secretaria. Eles integram o Movimento Cultural Alagoano (MOVA).

Em abril de 2013, os promotores do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), braço do Ministério Público Estadual de Alagoas, denunciaram Melina e outros 12 investigados, todos ex-funcionários de Piranhas durante a administração da peemedebista (2009/2012), sob a acusação de ilícitos penais, inclusive peculato e quadrilha.

Chefe de quadrilha. Os promotores atribuem a ela o posto de "chefe de quadrilha, de organização criminosa integrada por agentes públicos que praticou uma profusão de ilícitos penais no âmbito da administração pública de Piranhas para lesar o erário".

Segundo o Ministério Público de Alagoas, as investigações tiveram início em dezembro de 2012, após o cumprimento de busca e apreensão em diversos órgãos municipais, com análise de 1.431 documentos recolhidos, e nove depoimentos.

A Promotoria pede a condenação da futura secretária 385 vezes pelo crime de peculato, 23 vezes por falsificação de documento particular, 23 vezes por falsidade ideológica, 28 vezes por uso de documentos falsos, 23 vezes por fraude em licitação e ainda pelo ilícito de quadrilha.

A Promotoria de Alagoas pediu a prisão de Melina, na época. Mas, segundo o Ministério Público, ela tem, em seu favor, um salvo-conduto que impede sua detenção.

Confiança - Por meio de sua assessoria de imprensa, o governador eleito Renan Filho informou que já esperava a repercussão em torno da indicação de Melina.

Segundo a assessoria, o peemedebista mantém "plena confiança na capacidade de Melina" e desconsidera qualquer tipo de alusão à gestão dela em Piranhas.

Renan Filho, afirma a assessoria, exalta a competência de Melina em "aglutinar movimentos culturais, por isso a indicou para a Pasta".

Sobre a reação contra a nomeação da ex-prefeita de Piranhas, a assessoria observa que Renan Filho "respeita a iniciativa dos grupos culturais porque é um democrata".

O governador estaria disposto a receber os representantes dos grupos culturais. A ex-prefeita não atendeu e não retornou as ligações da reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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