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Renan diz que Senado deve ouvir o que Delcidio tem a dizer

Ele afirmou que prisão de Delcídio foi “tão rápida e fulminante” que o senador nem teve tempo de se manifestar


	O senador Delcídio Amaral (PT-MS): “É hora do Senado ouvi-lo e saber o que ele tem a dizer.”
 (Geraldo Magela/ Agência Senado)

O senador Delcídio Amaral (PT-MS): “É hora do Senado ouvi-lo e saber o que ele tem a dizer.” (Geraldo Magela/ Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 13h59.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje (23) que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) precisa ser ouvido pelo Senado.

Ele afirmou que prisão de Delcídio foi “tão rápida e fulminante” que o senador nem teve tempo de se manifestar. “É hora do Senado ouvi-lo e saber o que ele tem a dizer.”

De acordo com o presidente da Casa, quando retornar às atividades no Senado o senador petista vai exercer o mandato na sua plenitude e na forma da Constituição Federal.

Na semana passada, a liderança do Partido dos Trabalhadores chegou a encaminhar à Secretaria -Geral da Mesa um pedido de substituição de Delcídio do Amaral na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) pelo senador Donizete (PT-TO).

O pedido deveria ter sido lido no plenário da Casa até sexta-feira passada, a fim de garantir a realização de uma nova eleição, já que oficialmente Delcídio ainda é presidente do colegiado.

A leitura não ocorreu, sinalizando um recuo na decisão de tirar imediatamente o petista do comando da CAE.

“Se o Delcídio vai falar e se vai continuar na CAE dependerá muito da decisão dele. É uma questão de foro íntimo. Ele terá de decidir”, acrescentou Renan Calheiros.

João Santana

O presidente do Senado também comentou a prisão do publicitário João Santana.

“Ele, que fez campanhas em vários países, deve ter tomado os cuidados necessários, pois qualquer dia poderia ser questionado. Espero que esclareça tudo. Isso será bom para a democracia”, ressaltou Renan, informando ainda que espera de Santana um "depoimento esclarecedor".

João Santana e a mulher, Mônica Moura, tiveram a prisão temporária decretada na 23ª fase da Operação Lava Jato, que investiga a relação do publicitário com a empresa Odebrecht.

A empreiteira também é alvo de investigações da Polícia Federal e teria feito repasses financeiros ao marqueteiro no exterior.

Pauta prioritária

Renan Calheiros, que continua realizando reuniões com os blocos partidários da Casa, adiantou que, na quinta-feira (25), anunciará uma pauta prioritária de consenso para as votações do semestre.

Segundo ele, a pauta abrangerá “pontos controversos”, que não têm apoio do governo.

Um deles é o projeto de lei de autoria do senador José Serra (PSDB-SP) retirando a participação obrigatória da estatal na exploração dos campos do pré-sal.

Conforme Renan, a proposta deve ser votada ainda esta semana.

“Esse projeto será votado esta semana. Será um dos pontos controversos. É evidente que a matéria divide, conflita pontos de vista, mas o Brasil precisa muito dela. A Petrobras não tem condições de levar os investimentos adiante.".

O presidente do Senado disse ainda que, apesar das últimas reuniões com a presidenta Dilma Rousseff, não conseguiu captar de modo conclusivo a avaliação dela sobre o assunto.

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