Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira que trabalhará para que o processo de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff no Senado seja concluído até o fim de agosto.
A previsão é que o início do julgamento seja entre 25 e 26 de agosto, antes, portanto, da reunião de cúpula do G20, no início de setembro, na China.
"O julgamento começará no dia 25 e 26... E com certeza temos como concluir isso antes do final do mês. Eu vou trabalhar para que isso efetivamente aconteça", disse Renan a jornalistas.
No sábado, em nota divulgada à imprensa, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, mencionou o próximo dia 26, uma sexta-feira, como a "primeira data possível para início da fase de julgamento" e afirmou que a "data acordada" era o dia 29, a segunda-feira seguinte.
Por determinação legal, é o presidente do Supremo quem conduz as últimas etapas do impeachment.
Embora tenha negado que o presidente interino Michel Temer tenha feito qualquer pedido para acelerar a tramitação do processo contra Dilma, Renan reconheceu que seria desconfortável chegar à época da reunião do G20 sem um presidente da República efetivo.
"O presidente não faria a mim esse apelo", disse Renan a jornalistas, ao ser questionado se houve algum pedido de celeridade da parte de Temer durante almoço nesta terça-feira, do qual também participaram os senadores Eunício Oliveira (CE), líder da bancada, e Romero Jucá (RR).
"Ele não falou (de possibilidade de agilizar o impeachment). É evidente que ir para a reunião do G20 nessa indefinição é ruim para o Brasil, é ruim para as instituições, mas ele não falou." Segundo Renan, ainda deve haver uma reunião entre ele, líderes de bancada e o presidente do STF para definir procedimentos do impeachment de Dilma.
O presidente do Senado não descartou que o julgamento possa adentrar o fim de semana. Renan afirmou ainda que o processo tem sido conduzido com isenção.
Texto atualizado às 17h53
-
1. Dia decisivo
zoom_out_map
1/20 (Reuters/Ueslei Marcelino)
São Paulo – Neste dia histórico, a sessão do Plenário do Senado Nacional está reunida na sessão que decidirá pela aprovação ou rejeição do relatório favorável à admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Muito além dos discursos, as imagens a seguir trazem um pouco do clima do local e dos detalhes que rondam a decisão deste dia histórico para o país. Confira:
-
2. Em papel
zoom_out_map
2/20 (Reuters/Ueslei Marcelino)
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), verifica suas anotações durante a sessão de debate sobre a votação para o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em Brasília
-
3. Impressões
zoom_out_map
3/20 (Reuters/Ueslei Marcelino)
Renan escuta o senador Raimundo Lira, presidente da comissão especial do Impeachment no Senado, durante a sessão de debate
-
4. Chegada de Dilma
zoom_out_map
4/20 (Reuters)
A presidente Dilma Rousseff, que está dentro de seu carro, chega ao Palácio do Planalto, em Brasília, às 15h42
-
5. Nos olhos
zoom_out_map
5/20 (Reuters/Ueslei Marcelino)
O presidente do Senado fala durante as sessões de debates para a votação do impeachment do presidente Dilma Rousseff, em Brasília
-
6. Todos reunidos
zoom_out_map
6/20 (Reuters/Ueslei Marcelino)
Discursos e mais discursos na sessão que decidirá pela aprovação ou rejeição do relatório do processo de impeachment da presidente
-
7. Ilustrativo
zoom_out_map
7/20 (Pedro França/Agência Senado)
Senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) exibe foto da manifestação organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
-
8. Sem parar
zoom_out_map
8/20 (Beto Barata/Agência Senado)
Movimentação nas dependências do Senado durante o intervalo da sessão deliberativa extraordinária
-
9. Cordial
zoom_out_map
9/20 (Geraldo Magela/Agência Senado)
Renan Calheiros beija mão da senadora Vanessa Grazziotin
-
10. Voto contra
zoom_out_map
10/20 (Pedro França/Agência Senado)
Em discurso, senador Telmário Mota (PDT-RR): voto contra o impeachment da presidente Dilma
-
11. Ideias soltas
zoom_out_map
11/20 (Reuters/Ueslei Marcelino)
O senador Antonio Anastasia, relator da comissão especial do Senado, escuta Aécio Neves durante a sessão
-
12. Nas paralelas
zoom_out_map
12/20 (Jefferson Rudy/Agência Senado)
Conversas entre o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), detado federal Heráclito Fortes (PSB-PI) e os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Benedito de Lira (PP-AL)
-
13. Tensão no ar
zoom_out_map
13/20 (Reuters/Ueslei Marcelino)
O presidente do Senado pede calma aos demais senadores durante a sessão de debates para a votação do impeachment nesta tarde
-
14. Debate do debate
zoom_out_map
14/20 (Pedro França/Agência Senado)
Renan Calheiros conversa com os senadores Vicentinho Alves (PR-TO) e senador Wellington Fagundes (PR-MT)
-
15. Nada bem
zoom_out_map
15/20 (Jefferson Rudy/Agência Senado)
Impressões trocadas entre os senadores Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Magno Malta (PR-ES)
-
16. Mãos dadas
zoom_out_map
16/20 (Pedro França/Agência Senado)
Senadora Ângela Portela (PT-RR) conversa com a deputada Maria Do Carmo (PT-MG)
-
17. Bom humor
zoom_out_map
17/20 (Jefferson Rudy/Agência Senado)
À bancada, senador José Reguffe (sem partido-DF)
-
18. Entre partidos
zoom_out_map
18/20 (Jefferson Rudy/Agência Senado)
Senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) troca impressões com o deputado Roberto Freire (PPS-SP)
-
19. Juntos
zoom_out_map
19/20 (Geraldo Magela/Agência Senado)
Senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG) durante sessão
-
20. Como dizer
zoom_out_map
20/20 (Jefferson Rudy/Agência Senado)
A diretora da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Virgínia Galvez, fala com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros