Brasil

Renan defende pronunciamento do STF sobre aborto

O presidente do Senado afirmou que não vê problemas no fato de o STF se pronunciar sobre questões polêmicas

Renan: "Quando o Congresso tem dificuldade para deliberar sobre um tema complexo, não acho ruim que o Supremo dê um entendimento"

Renan: "Quando o Congresso tem dificuldade para deliberar sobre um tema complexo, não acho ruim que o Supremo dê um entendimento"

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de novembro de 2016 às 14h20.

Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) declarou nesta quarta-feira, 30,que a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) agiu corretamente ao decidir que aborto até o terceiro mês de gestão não é crime - independentemente do motivo.

Para Renan, o Congresso apresentava "dificuldades" em encaminhar uma solução para a questão e coube ao STF deliberar sobre o assunto.

O presidente do Senado também negou que o Judiciário tenha invadido competências do Legislativo.

"Quando o Congresso tem dificuldade para deliberar sobre um tema complexo, não acho ruim que o Supremo dê um entendimento sobre o tema", disse.

Segundo Renan, o Supremo só não poderia deliberar caso o Legislativo quisesse decidir contra a questão, porém não seria este o caso.

Em resposta ao STF, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou na madrugada desta quarta-feira a criação de uma comissão especial para analisar a legislação que regulamenta o aborto no País.

Muitos deputados se revezaram no microfone do plenário da Casa para dizer que a decisão é na prática "descriminalização" do aborto no País. Renan disse não ver problemas nos debates sobre o tema.

Acompanhe tudo sobre:Renan CalheirosSenadoSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Mancha de poluição no rio Tietê cresce 29% em 2024, 3ª alta anual consecutiva

'Perigo': Inmet alerta para tempestades no Sul e baixa umidade no centro do país; veja previsão

Maduro afirma que Edmundo González 'pediu clemência' para deixar a Venezuela

Volta do horário de verão pode gerar economia de R$ 400 milhões, diz ministro