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Renan Calheiros quer anistia a hackers de caso Moro-Dallagnol

A postagem de Renan vem em meio à retomada de força política do senador no Congresso. Agora líder da maioria, ele quer se firmar na oposição ao governo

 (Lula Marques/Bloomberg)

(Lula Marques/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de fevereiro de 2021 às 14h46.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2021 às 21h08.

Recém-empossado líder da maioria no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL) disse em seu perfil no Twitter que vai apresentar projeto de lei para anistiar os hackers que revelaram diálogos atribuídos a procuradores da Operação Lava-Jato, como Deltan Dallagnol, e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, quando ainda era o juiz responsável pela força-tarefa.

"Os diálogos entre Moro, Dallagnol e o Santo Ofício de Curitiba desvendaram um pântano de transgressões. Vou apresentar um projeto para anistiar os hackers que descobriram a patifaria. A contribuição para democracia justifica tirá-los da cadeia e incluí-los no Panteão da Pátria", publicou Renan Calheiros neste domingo, 7, em seu perfil na rede social.

As conversas, apreendidas na Operação Spoofing e tornadas públicas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, mostram orientações do ex-magistrado aos procuradores em investigações envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista anexou os documentos em processo que pede a nulidade de condenações impostas por Moro, alegando suposta parcialidade do ex-juiz que integrou a equipe ministerial de Jair Bolsonaro.

A postagem de Renan vem em meio à retomada de força política do senador no Congresso. Agora líder da maioria, ele quer se firmar na oposição ao governo e rivalizar, mais uma vez, com o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP), que pode assumir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa, com as bênçãos do presidente Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Renan sinaliza, nos bastidores, a possibilidade de disputar a vaga com o rival, reeditando, assim, uma guerra de braço entre os dois. A primeira delas foi em 2019, quando Alcolumbre venceu a eleição à presidência do Senado.

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