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Renan anuncia comissão para investigar salários extra-teto

Presidente do Senado diz que faz não sentido setores ganharem acima do teto em momento de redução dos gatos

Renan: De acordo com Renan, a comissão irá levantar a informação dentro dos Três Poderes (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Renan: De acordo com Renan, a comissão irá levantar a informação dentro dos Três Poderes (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de novembro de 2016 às 20h35.

Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou nesta quarta-feira, 9, a criação de uma comissão especial de senadores para analisar casos de salários extra-teto.

"Não tem sentido absolutamente nenhum que, no momento em que estamos fazendo o aperfeiçoamento institucional e a reforma do gasto público, nos preparando para votar a reforma da Previdência, que nós tenhamos no Executivo, Legislativo e Judiciário, setores que ganham valores superiores ao teto", disse.

Aproveitando a deixa do anúncio em plenário, o líder da oposição, Lindbergh Farias (PT-RJ), usou o recado para criticar ministros do governo Temer.

"Quero parabenizá-lo pela criação da comissão e, já contribuindo, dizer que o ministro Padilha e o ministro Geddel recebem mais de R$ 50 mil, ou seja, acima do teto. Eles se aposentaram com 51 e 53 anos e querem fazer uma reforma da Previdência para 65 anos", disse.

De acordo com Renan, a comissão irá levantar a informação dentro dos Três Poderes. Além disso, o colegiado também será responsável por um projeto que desvincula o subsídio dos ministros de tribunais superiores do restante da administração pública.

A sugestão surgiu após dificuldade de reajustar salários dos ministros do STF, uma vez que o subsídio representa o teto de toda a administração pública e geraria um efeito cascata.

A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) será a relatora da comissão.

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