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Remuneração feminina é 17,3% menor que a de homens

Informação é do relatório "Perfil do Trabalho Decente no Brasil: um olhar sobre as unidades da Federação", da Organização Internacional do Trabalho

A jornada de trabalho média feminina é mais curta que a masculina, segundo a OIT, por causa da maior presença das mulheres em trabalhos precários (Getty Images)

A jornada de trabalho média feminina é mais curta que a masculina, segundo a OIT, por causa da maior presença das mulheres em trabalhos precários (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 13h33.

São Paulo - Os salários recebidos pelas trabalhadoras eram 17,3% menores do que as remunerações dos homens em 2009, quando consideradas as horas trabalhadas, de acordo com o relatório "Perfil do Trabalho Decente no Brasil: um olhar sobre as unidades da Federação", divulgado nesta quinta-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Sem considerar as horas trabalhadas, a diferença de remuneração de homens e mulheres foi ainda maior e atingiu 29,3% em 2009.

A jornada de trabalho média feminina é mais curta que a masculina, segundo a OIT, por causa da maior presença das mulheres em trabalhos precários em tempo parcial e devido também a uma maior dificuldade de as mulheres fazerem hora extra e exercerem atividades como revezamento noturno.

A proporção de mulheres no mercado de trabalho pulou de 57% em 1992 para 62,9% em 2004 e chegou a 64,8% em 2009. No mesmo período, a proporção de homens que trabalham caiu, passando de 90% em 1992 para 86,8% em 2004 e 86,7% em 2009. Com mais mulheres inseridas no mercado de trabalho e menos homens, o diferencial entre gêneros diminuiu, passando de 24 pontos porcentuais em 2004 para 21,9 pontos porcentuais em 2009. Com a mudança, as mulheres passaram a responder por 44,5% da População Economicamente Ativa (PEA) em 2009, contra 40% em 1992.

A taxa de formalidade feminina - mulheres que ocupavam postos formais de trabalho sobre o total das que trabalham -, em 2009, ainda era inferior à taxa masculina. Para mulheres, o índice era de 50,7%, enquanto, para os homens, a taxa era de 57%.

Estrangeiros

O número de estrangeiros autorizados a trabalhar no Brasil pela Coordenação Geral de Imigração, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), cresceu 25,9% entre 2010 e 2011. Segundo o relatório divulgado pela OIT, este contingente de trabalhadores passou de 56 mil para 70 mil no período analisado.

Em 2011, os norte-americanos foram os que mais solicitaram autorizações de trabalho, respondendo por 15% do total concedido. Durante 2008 e 2009, as autorizações concedidas para trabalhadores estrangeiros ficavam em torno de 43 mil.


A região que mais autorizou o trabalho de estrangeiros foi a Sudeste, que respondeu por 88,2% das autorizações concedidas em 2011 para trabalho de estrangeiros no País. São Paulo e Rio de Janeiro representaram, respectivamente, 48,2% e 32,3% do total.

De acordo com a OIT, o aumento significativo das autorizações pode ser explicado pelo crescimento econômico do País e pelo aumento de investimentos. Além disso, a organização aponta a crise financeira internacional como fator de aumento da oferta de profissionais qualificados disponíveis para vir ao País.

O Censo de 2010 mostra que 268 mil imigrantes se encontravam no Brasil, um aumento de 86,7% na comparação com o censo de 2000.

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