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Remoção de pacientes é única solução para reduzir fila em Manaus, diz Pazuello

Pazuello advertiu que "sem a remoção de 1.500 pessoas, vão continuar morrendo 80 a 100 pessoas por dia"

Pazuello: o ministro apontou o isolamento logístico e o clima do Estado como fatores que agravaram a situação em Manaus (Valter Campanato/Agência Brasil)

Pazuello: o ministro apontou o isolamento logístico e o clima do Estado como fatores que agravaram a situação em Manaus (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de janeiro de 2021 às 16h04.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o atendimento básico em Manaus (AM) deve ser a prioridade no Estado. Durante cerimônia de recepção de profissionais do Programa Mais Médicos na capital amazonense, Pazuello afirmou que "a remoção (dos pacientes para outros Estados) é a única solução para diminuir o impacto da fila". "sem a remoção de 1.500 pessoas, vão continuar morrendo 80 a 100 pessoas por dia", advertiu.

A ideia do ministério é desafogar o atendimento especializado na região para que não haja sobrecarga do sistema de saúde do Estado.

Segundo o ministro, dos 350 pacientes transferidos para outras regiões do País nas últimas semanas, 80 já estão curados.

Pazuello reafirmou também o compromisso com a continuidade da política de transferência dos pacientes.

Logística impraticável

Dentre os problemas listados pelo ministro que levaram ao colapso de saúde em Manaus, está a falta de oxigênio, leitos e recursos humanos na região. No entanto, Pazuello demonstrou tranquilidade e afirmou que "o oxigênio (em Manaus) está estável".

O ministro apontou o isolamento logístico e o clima do Estado como fatores que agravaram a situação em Manaus. De acordo com ele, a região tem uma "logística quase impraticável".

Não é momento para sorrisos e festa

Sem citar nomes, Pazuello fez críticas a quem está "de olho branquinho e cabelinho arrumado" durante a atual situação do País. Segundo o ministro, neste momento quem não está de "olho vermelho, barba mal feita e camisa desgrenhada" está errado.

Ao comentar sobre as ações realizadas no Estado, Pazuello também subiu o tom ao dizer que as ações não eram para "inglês ver" e que não queria propaganda política.

"Não é momento para inglês ver e tirar foto, nós não queremos foto. Nenhuma foto. Nem um banner, nem uma propagando política, nada. Nós queremos o atendimento básico", disse o ministro. "Não é momento de sorrisos, aplausos e festa. É momento de olhar duro dedicação e foco na missão, 24 horas", acrescentou.

Vacinação

Sobre a vacinação, Pazuello disse que, com a liberação dos insumos da China na semana que vem, o País tem "tranquilidade na cronologia de fornecimento das vacinas". E voltou a garantir que Manaus é a prioridade de vacinação do País. "Nosso objetivo é ultrapassarmos a capacidade da prefeitura de vacinar", afirmou, propondo que o governo municipal "tem que se organizar para vacinar ainda mais".

Pazuello elogiou a atitude dos governadores de ceder 5% das doses das vacinas destinada a cada Estado para o Amazonas e ressaltou que a iniciativa é "uma grande demonstração de união no nosso país".

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