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Relembre: em 2007, acidente na Linha 4 atrasou obra em pelo menos um ano

Nesta terça-feira, 1º de fevereiro, um outro acidente, muito semelhante, ocorreu nas obras da Linha 6-Laranja do Metrô, ao lado da Marginal Tietê

Estação Vila Sônia foi entregue com 7 anos de atraso. (Governo de SP/Divulgação)

Estação Vila Sônia foi entregue com 7 anos de atraso. (Governo de SP/Divulgação)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 1 de fevereiro de 2022 às 13h10.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2022 às 13h15.

Era janeiro do ano de 2007 quando um deslizamento no canteiro de obras da futura Estação Pinheiros do Metrô, próximo à Marginal Pinheiros, interrompeu o andamento da construção. No acidente, sete pessoas morreram e 79 famílias ficaram desalojadas porque muitas casas foram parar dentro do túnel, ou tiveram sua estrutura comprometida.

Nesta terça-feira, 1º de fevereiro, um outro acidente, muito semelhante, ocorreu nas obras da Linha 6-Laranja do Metrô, ao lado da Marginal Tietê. Um desmoronamento ocorreu por volta das 9h e abriu um buraco na pista local. Ninguém ficou ferido. A obra da Linha 6-Laranja é responsabilidade da concessionária Acciona. Segundo informações fornecidas pelo governo de São Paulo, a tuneladora rompeu uma adutora de esgoto da Sabesp. 

O questionamento que fica é se o acidente vai impactar em mais atrasos para a inauguração da linha. Por enquanto, ainda não há como prever e a conclusão está marcada para 2025. No acidente de 2007, com a Linha 4-Amarela, dias após o ocorrido, o governo de São Paulo mantinha a inauguração da estação para 2010, mas ela foi entregue somente um ano depois, em 2011. Vale lembrar, que na época do acidente, o recém-empossado governador José Serra (PSDB) sofreu críticas e perdeu popularidade.

Em 2022, João Doria é o governador e pré-candidato à Presidência pelo PSDB. Ainda na manhã desta terça-feira, Doria determinou a apuração "imediata" das causas e a elaboração de um plano da concessionárias responsável pela obra, para a normalização do tráfego na Marginal Tietê. Ele também se reuniu com técnicos e engenheiros sobre as providências tomadas no local.

A Linha 4-Amarela teve um atraso total de sete anos para concluir todos os 12,8 quilômetros. O inauguração da última estação, a Vila Sônia, ocorreu no fim do ano passado. O trecho final acrescentou 1,5 km à linha, que vai da Luz, no centro da capital, à nova estação, na zona oeste. O projeto, que chegou a ser prometido pela gestão Geraldo Alckmin para 2014, foi concluído após percalços, que inclui o acidente de 2007, e o rompimento do contrato com o consórcio que iniciou as obras, em 2015. O estado planeja estender a linha até Taboão da Serra, na região metropolitana.

O projeto inicial foi dividido em duas fases: a primeira com as estações Luz, República, Paulista, Faria Lima, Pinheiros e Butantã. A segunda etapa, iniciada em 2012, envolveu as estações Fradique Coutinho, Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. Mas, em 2015, a obra foi paralisada pelo consórcio responsável e retomada só no ano seguinte, após rescisão contratual e nova licitação.

(Com Estadão Conteúdo)

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