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Relatório da Infraero diz que três aeroportos estão sem combustível

Os terminais de São José dos Campos, em São Paulo; Ilhéus, na Bahia, e Carajás, no Pará, operam sem ter o abastecimento do querosene de aviação

Aeroportos: segundo o balanço da Infraero, em nove aeroportos o combustível só é suficiente para assegurar a atividade até amanhã (Nacho Doce/Reuters)

Aeroportos: segundo o balanço da Infraero, em nove aeroportos o combustível só é suficiente para assegurar a atividade até amanhã (Nacho Doce/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 24 de maio de 2018 às 21h07.

No quarto dia de paralisação dos caminhoneiros, pelo menos três aeroportos administrados pela Infraero estão sem combustível para manutenção das atividades de pousos e decolagens.

Os terminais de São José dos Campos, em São Paulo; Ilhéus, na Bahia, e Carajás, no Pará, operam sem ter o abastecimento do querosene de aviação.

Segundo o balanço da Infraero, em nove aeroportos o combustível só é suficiente para assegurar a atividade até amanhã (25). Destes, seis, só operam com querosene suficiente por mais 12 horas. São eles Recife (PE), Uberlândia (SP), Londrina (PR), Goiânia (GO), Maceió (AL) e Palmas (TO).

Nos aeroportos de Navegantes (SC), Vitória (ES) e Juazeiro do Norte (CE) a reserva assegura as operações por até 18 horas. O Aeroporto de Congonhas (SP), que chegou a apresentar situação crítica, na quarta-feira, recebeu 12 caminhões de combustível, o que minimizou a situação de emergência.

Brasília e Natal

Em relação aos aeroportos concedidos, a Inframerica, concessionária que administra o Aeroporto de Brasília, disse que permanece em estado de atenção. A expectativa era que o querosene de avião terminasse por volta das 17h, mas a empresa conseguiu receber um caminhão com 60 mil litros do combustível.

"No entanto, permanecemos em estado de atenção já que apenas um caminhão não supre a demanda", informou a empresa que, até as 17h, disse que o aeroporto havia recebido 243 operações entre pousos e decolagens. Houve 10 atrasos e apenas um cancelamento.

A Inframerica disse ainda que a greve dos caminhoneiros não chegou a afetar as operações do Aeroporto de Natal, também administrado pela concessionária. "As nossas reservas de combustível seguem disponíveis para a manutenção das operações regulares pelos próximos dias", disse.

Confins

Já em Minas Gerais, a empresa responsável pelo Aeroporto de Confins, BH Airport, disse que acionou um plano de contingência e todos os esforços para assegurar o abastecimento de aeronaves, mas já enfrenta restrições.

"A recomendação é que os passageiros entrem em contato com as companhias aéreas e consultem a situação dos voos antes mesmo do deslocamento até o aeroporto", informou a concessionária.

Infraero

Consultada pela Agência Brasil, a Infraero reafirmou posicionamento apresentado na noite de ontem (23). A empresa informou que está monitorando o abastecimento de querosene de aviação por parte dos fornecedores que atuam nos terminais.

A empresa disse também que "já alertou aos operadores de aeronaves que avaliem seus planejamentos de voos para que cada um possa definir sua melhor estratégia de abastecimento de acordo com o estoque disponível na origem e destino do voo."

A Infraero voltou a recomendar aos passageiros procurem suas companhias para consultar a situação de seus voos. "Aos passageiros, a Infraero recomenda que procurem suas companhias para consultar a situação de seus voos. Aos operadores de aeronaves, a empresa orienta que façam a consulta sobre a disponibilidade de combustível na origem e no destino do voo programado", informou a empresa por meio de nota.

Já a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disse que mesmo com a escassez de combustível nos aeroportos, todos os voos que estão em operação seguem abastecidos dentro do estabelecido pelos regulamentos da Agência.

"Os regulamentos da Anac estão amparados internacionalmente e regulam o cálculo a ser feito conforme a rota, a reserva mínima a ser observada, além de instruções sobre a operação que podem alterar o cálculo do combustível. Todas as medidas estipuladas nas operações visam a segurança operacional dos voos, que é a prioridade para a Anac", informou a agência.

A Anac também recomendou aos passageiros o contatos com as empresas aéreas antes de se deslocarem para os aeroportos até que a situação se normalize.

Distribuidoras

A Plural, associação que representa distribuidoras de combustíveis, afirmou que está empenhada em regularizar a situação, com um grupo dedicado 24 horas por dia, integrado com o gerenciamento de crises da Casa Civil e com a Agência Nacional do Petróleo (ANP).

"A interdição das vias pelos caminhoneiros e o consequente impedimento da distribuição de combustíveis e lubrificantes já vêm causando impactos em diversos setores e prejudicando a população. A Plural está empenhada em regularizar a situação, com um grupo dedicado 24 horas por dia, totalmente integrado com o gerenciamento de crises da Casa Civil e com a ANP. Há produto e caminhões para entrega. A Associação trabalha com as autoridades competentes para interlocução junto aos manifestantes, visando o abastecimento de serviços essenciais, tais como aeroportos, barcas, ônibus, hospitais, polícia e bombeiros, entre outros."

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