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Relatório aponta R$ 969 mi em irregularidades em obras

"Em duas dessas obras, os indícios de irregularidade já haviam sido apontados anteriormente", observou Bruno Dantas, ministro responsável pelo relatório


	TCU: achado de auditoria mais recorrente em obras de saúde e educação foram atrasos injustificados
 (Divulgação/TCU)

TCU: achado de auditoria mais recorrente em obras de saúde e educação foram atrasos injustificados (Divulgação/TCU)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 15h52.

Brasília - O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou o relatório que encontrou irregularidades de R$ 969,5 milhões entre julho de 2013 e junho de 2014 em obras públicas com recursos federais.

Conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo, o relatório de fiscalização, divulgado apenas hoje, avaliou 102 empreendimentos e, desse total, a Corte recomendou ao Congresso a paralisação de quatro projetos de infraestrutura.

"Em duas dessas obras, os indícios de irregularidade já haviam sido apontados anteriormente", observou Bruno Dantas, ministro responsável pelo relatório.

O achado de auditoria mais recorrente em obras de saúde e educação foram atrasos injustificados, 153 no total. Nas demais áreas, o achado mais recorrente foi projeto básico deficiente, sendo 23 no total.

O ministro Dantas destacou ainda a fiscalização feita na refinaria de Abreu e Lima, no Recife. Segundo ele, cláusulas de reajustes estariam provocando desequilíbrio em contratos.

"O valor possível do dano é R$ 368 milhões, dos quais R$ 243 milhões já teriam sido indevidamente pagos", disse.

"Na busca de acompanhar a evolução da fiscalização de obras, o TCU passou a diversificar sua atuação", disse.

"Neste momento, o tribunal cumpre uma etapa importantíssima no processo de fiscalização de obras", afirmou.

As informações do Programa de Fiscalização de Obras do TCU subsidiam a Comissão Mista de Orçamento do Congresso na distribuição de recursos para o ano seguinte.

Os parlamentares, com base nesses dados, têm de decidir se seguem ou não as indicações da corte.

No total, foram fiscalizadas obras no total R$ 12,3 bilhões.

O presidente da Corte, o ministro Augusto Nardes, observou que o relatório evidencia falhas de governança na gestão das obras.

"É evidente que se instala a corrupção com eficiência quando não se tem boa governança", disse o presidente ao avaliar o relatório feito por Dantas.

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