Brasil

Relator rebate críticas e reitera indícios para impeachment

Jovair afirmou, em pronunciamento à comissão antes da votação do parecer mais tarde nesta segunda


	Jovair Arantes: o relator da comissão especial do impeachmen rebateu nesta segunda-feira as críticas feitas pelo governo
 (Adriano Machado/ Reuters)

Jovair Arantes: o relator da comissão especial do impeachmen rebateu nesta segunda-feira as críticas feitas pelo governo (Adriano Machado/ Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2016 às 13h04.

Brasília - O relator da comissão especial do impeachment, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), rebateu nesta segunda-feira as críticas feitas pelo governo a seu parecer que defendeu a instalação de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, e reiterou que há indícios suficientes para se autorizar o pedido.

Jovair afirmou, em pronunciamento à comissão antes da votação do parecer mais tarde nesta segunda, que neste momento não há qualquer condenação, e que a tarefa dos deputados é analisar se há motivos jurídicos para acatar a admissibilidade do processo de impeachment.

"A admissão da denúncia dará chance para que a presidente prove sua inocência junto ao Senado Federal, e se não autorizamos haverá desconfiança da população que não tivemos coragem de autorizar essa investigação", disse o relator, pedindo que os deputados apoiem seu parecer.

"A população precisa de uma resposta positiva de nós parlamentares. Uma crise dessa natureza só se resolve com o aprofundamento das investigações", acrescentou.

O relatório de Jovair, apresentado na semana passada, defendeu a admissibilidade da denúncia de crime de responsabilidade contra Dilma, acusada de cometer irregularidades orçamentárias como as chamadas "pedaladas fiscais". [nL2N17926K] O parecer recebeu elogios da oposição, que defende o impeachment, e críticas dos parlamentares que se opõem ao impedimento de Dilma.

A comissão do impeachment retomou os trabalhos nesta segunda de manhã para ouvir o relator, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, e os líderes partidários, antes de iniciar a votação do parecer, prevista para as 17h.

Uma vez votado na comissão, o relatório precisa ser lido na sessão plenária seguinte da Câmara dos Deputados, e posteriormente publicado. Após a publicação é necessário respeitar um prazo de 48 horas para que a denúncia seja incluída na pauta, o que deve ocorrer na sexta-feira. A votação no plenário está prevista para domingo.

A denúncia contra Dilma só pode ser admitida e encaminhada ao Senado a partir do voto de 342 dos 513 deputados no plenário da Câmara.

Matéria atualizada às 13h04

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffImpeachmentPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes sociais por conteúdos publicados

Lula sanciona lei que cria cadastro nacional de condenados por crimes sexuais

Congresso deve votar Orçamento até dezembro e espera liberação de emendas para os próximos dias